58% e 43%: os lucros dos bancos não páram (mas já há uma descida)

Mário Cruz / Lusa

Santander e BPI apresentam, mais uma vez, subidas consideráveis nos seus lucros. Muito por causa da margem financeira.

Manhãs de anúncios, não surpreendentes, de grandes aumentos nos lucros de dois dos bancos que operam em Portugal.

O Santander Totta teve lucros de 294,4 milhões de euros no primeiro trimestre, mais 58,4% do que nos primeiros três meses do ano passado.

A margem financeira (a diferença entre juros cobrados no crédito e pagos nos depósitos) cresceu 64,6% para 440,6 milhões de euros enquanto as comissões desceram 0,7% para 120,9 milhões de euros.

O Jornal de Negócios sublinha ainda que o volume de empréstimos subiu 9,6% para 46.6 mil milhões de euros; o crédito hipotecário baixou 1,5%.

Os lucros do BPI cresceram 43% no primeiro trimestre em termos homólogos, para 121 milhões de euros, divulgou hoje o banco.

“O aumento dos proveitos deveu-se ao aumento da margem financeira”, admitiu o presidente do banco, João Pedro Oliveira e Costa, em conferência de imprensa, em Lisboa.

A margem financeira do BPI cresceu 19%, para 245 milhões de euros – no entanto desceu 10 milhões se compararmos com o trimestre anterior.

Apenas na operação em Portugal, os lucros do banco cresceram 52%, para 112 milhões de euros.

Uma nota para o sector imobiliário: nos últimos 12 meses, o BPI não recebeu qualquer imóvel por recuperação de crédito. O banco tem 216 mil contratos de crédito à habitação.

ZAP // Lusa

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