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Lucro da EDP cai 1% para 512 milhões de euros em 2019

Miguel A. Lopes / Lusa

António Mexia, presidente da EDP

A EDP fechou 2019 com um lucro de 512 milhões de euros, uma queda de 1% face ao ano anterior, segundo informação ao mercado, que destaca que as operações convencionais em Portugal tiveram prejuízo de 98 milhões de euros.

Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo liderado por António Mexia adianta que o resultado líquido reportado foi impactado por uma provisão de 86 milhões de euros relativa à barragem do Fridão, bem como o reconhecimento de uma imparidade de 297 milhões de euros nas centrais a carvão na Península Ibérica.

“Desta forma, as operações convencionais em Portugal registaram um prejuízo líquido de 98 milhões de euros em 2019, penalizadas pela manutenção de um contexto regulatório e fiscal adverso, a que se adicionou em 2019 um volume de produção de energia hídrica anormalmente baixo”, justifica a energética.

O presidente executivo da EDP defendeu hoje que, apesar da queda nos resultados em 2019, este foi um ano “de boa ‘performance’ e de boa capacidade de entrega dos compromissos assumidos no contexto do plano estratégico, apresentado há menos de um ano”.

No entanto, o líder da elétrica notou que esta é a segunda vez consecutiva que a empresa registou resultados negativos em Portugal, desta vez, impactados pela “imparidade de Sines”, pelo projeto de Fridão, bem como “pelos baixos níveis de hidraulicidade […], que se recuperaram ao longo do ano”.

Em 19 de dezembro, a EDP informou que a perda de competitividade das centrais elétricas a carvão teria um custo extraordinário de 300 milhões de euros e um impacto negativo nos resultados de 2019 de 200 milhões de euros.

A EDP é dona de três centrais a carvão, a de Sines, distrito de Setúbal, em Portugal, e duas em Espanha.

No discurso de tomada de posse em outubro, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o seu Governo está preparado para encerrar a central de Sines em setembro de 2023. No programa eleitoral do PS, o calendário previsto para o encerramento da central a carvão de Sines era “entre 2025 e 2030”.

ZAP // Lusa

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