Não vai prolongar o único mandato. “É evidente que há múltiplas forças a atacar o Ministério Público”, apontou a procuradora.
“De modo algum, está fora de questão. Não. Tenho tempo e condições para me jubilar”.
Foi esta a resposta de Lucília Gago, que assim anunciou que vai deixar de ser Procuradora-Geral da República (PGR).
A PGR afirmou nesta sexta-feira que “é evidente” que existem “múltiplas forças” a atacar o Ministério Público, pediu um debate político ponderado e com “espírito construtivo” sobre reformas na Justiça e excluiu qualquer hipótese de continuar no cargo.
“De modo algum, está fora de questão. Não, tenho tempo e condições para me jubilar”, disse, de forma enfática, a Procuradora-Geral da República (PGR), Lucília Gago, aos jornalistas, à entrada para o segundo dia do XIII Congresso do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP), em Ponta Delgada, Açores, depois de questionada sobre a sua disponibilidade para continuar no cargo.
Sobre o discurso na sessão de abertura do congresso, na quinta-feira, a PGR reiterou as suas palavras sobre ataques e pressões internas e externas ao Ministério Público (MP).
“É uma evidência, é uma evidência que assim tem sido”, disse Lucília Gago, referindo-se a “múltiplas forças”, de “diversas origens, diversas proveniências”.
“O resultado é aquele a que todos assistimos e que dispensa, portanto, comentários. Está tudo no discurso”, acrescentou.
No dia anterior
A procuradora-geral da República afirmara na quinta-feira que, “não obstante as investidas e os ataques”, cabia ao Ministério Público zelar pelo cumprimento da lei e manter-se imune a “quaisquer pressões ou ingerências, diretas ou indiretas”.
Lucília Gago tinha abordado as críticas dirigidas à Operação Influencer e à operação na Madeira. São palavras que “visam descredibilizar as investigações e quem as dirige”.
“A incomum fertilidade de significantes eventos recentes – geradora de turbilhões de comentários, interrogações e interpelações – confunde alguns, atordoa outros, acentua o ruído e propicia a desesperança”, referiu a PGR logo no início da sua intervenção.
“Somos confrontados e fustigados pelo novel questionamento sobre a adequação dos meios empregues e sobre os timings das diligências”, disse a responsável, para acrescentar que se pretendeu culpar a procuradora-geral da República e o Ministério Público como “os principais responsáveis das páginas mais negras da realidade judiciária”.
ZAP // Lusa
Sócrates porque ainda não foi julgado? Este gajo que rebentou o país e pediu socorro à Troika e escondeu milhóes, já deveria estar na grelha há muito tempo.
Não devia ter assumido o lugar de PGR, não tem perfil. Não esquecemos que derrubou um Governo com uma frase suspeita contra o primeiro-ministro sem qualquer prova.
Pois que vá. Um mandato é q. b., para ela e seguintes.
Que quem a suceder seja melhor, é o que se deseja.
Para melhor muda-se sempre, de boa vontade.
“Quem se mete com o PS, leva”, principalmente quando o PS nao esta interessado no combate a corrupcao…