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A “louca” Black Friday tem queixas, contratações e loja fechada

Milhares compras e de vagas, já a espreitar o Natal; muitas reclamações; e há quem aproveite este fim-de-semana para… fechar.

Chegou aquela altura do ano que há corridas – às vezes, literais – para as compras.

A Black Friday não é uma “sexta-feira negra”, de calamidade na bolsa. É uma sexta-feira de confusão diferente: a confusão no comércio devido aos descontos extraordinários.

Na verdade nem é propriamente uma sexta-feira porque a Black Friday já começou há semanas em diversos espaços comerciais.

Em 2023 a maioria dos portugueses deve aproveitar para comprar, pelo menos, um produto. Um estudo da Cetelem aponta para 55% (e 36% vão já fazer compras para o Natal) e um estudo da DECO PROTeste indica que 79% vão aproveitar esta fase – embora prevejam gastar menos do que noutros anos, devido à situação financeira.

Reina a intenção de comprar roupa, seguida por tecnologia, pequenos electrodomésticos e brinquedos ou jogos. Nada inédito.

O que também não é inédito é o número de queixas: 184 processos na Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) entre 2020 e 2022, 866 queixas no Portal da Queixa em 2022, lê-se no Jornal de Notícias. A maioria, igualmente sem surpresa, centra-se nas regras da redução do preço. É um truque comercial, uma “ilusão”, alegam muitos consumidores.

As empresas procuram mais trabalhadores nesta fase. Contratam mais pessoas, não só por causa da Black Friday, mas também a pensar no Natal. São milhares de vagas de emprego, de acordo com o Jornal de Negócios.

Mas há quem feche a loja. A Ownever, marca de malas portuguesa, vai estar fechada até domingo. Tal como fez no ano passado, a Ownever dá prioridade às escolhas conscientes como consumidores; é uma marca que tem como lema, ideologia, ser contra o consumo rápido e massivo, porque acredita “em valores que transcendem o consumismo desenfreado e celebram a verdadeira essência da época”.

A mesma empresa deixa um convite, em comunicado enviado ao ZAP: visitem feiras de artesanato locais, mercados e lojas independentes, ignorando as grandes cadeias comerciais.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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