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Lojas sul-coreanas param de vender polémica máscara de beleza “Kim Jong-un”

Uma empresa de produtos de beleza da Coreia do Sul parou de vender uma máscara de beleza com uma imagem do líder norte-coreano Kim Jong-un depois de o assunto se tornar polémico.

A empresa diz ter vendido mais de 25 mil unidades da “máscara nuclear hidratante” desde junho deste ano. As intituladas “máscaras nucleares” foram criadas pela 5149, uma empresa de moda e cosméticos da Coreia do Sul.

O texto publicitário que acompanha o produto alega que as máscaras contêm água mineral do Monte Paektu, que é um vulcão ativo. Na mitologia coreana, o Paektu é considerado sagrado por ser, supostamente, o local de nascimento do guerreiro Dangun, que fundou o primeiro reino coreano há mais de quatro mil anos.

Numa entrevista ao jornal norte-americano The New York Times, a CEO da 5149, Kwak Hyeon-ju, disse que o objetivo era que o produto celebrasse o encontro “inédito” dos líderes da Coreia do Sul e do Norte, realizado este ano.

Apesar disso, muitas lojas sul-coreanas pararam de vender o produto depois de o assunto se ter tornado polémico – e depois de a legalidade do uso da imagem de Kim Jong-un começar a ser questionada.

Kim Jong-un comanda a Coreia do Norte desde a morte do líder anterior, seu pai Kim Jong-il, em 2011. O líder norte-coreano e o seu regime são criticados pela Organização das Nações Unidas por supostas violações sistemáticas e generalizadas dos direitos humanos. É proibido defender o regime norte-coreano na Coreia do Sul, apesar das punições por este motivo serem muito raras.

A Coreia do Norte e a Coreia do Sul estão tecnicamente em guerra, mas os líderes dos dois países participaram de conversas de paz este ano, com o objetivo de desnuclearizar as suas forças armadas.

ZAP // BBC

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