30 anos depois, Lobo D’Ávila sai do CDS. No meio da “euforia” e porque Nuno Melo falhou

Decisão dolorosa mas incontornável. “Ou nos sentimos bem, ou não”, resume o antigo candidato à liderança do partido.

Filipe Lobo d’Ávila deixou de ser militante do CDS-PP, praticamente 30 anos depois de ter entrado no partido.

O antigo secretário de Estado chegou a ser candidato à liderança do partido mas, agora, não se revê no actual CDS.

A carta foi enviada ao líder do partido, depois de ter tentado estar em silêncio ao longo dos últimos tempos – e depois de ter pensado muito sobre o assunto.

Em 2018, quando renunciou ao mandato de deputado, já tinha chamado a atenção para “práticas internas que entendia que não eram boas” para o futuro do CDS.

Nos últimos dois anos pensou e reparou que não se consegue “rever” no CDS actual, explicou à rádio Observador.

O ex-deputado anuncia a sua saída num momento em que o CDS está num clima de “euforia” por ter voltado ao Parlamento e ao Governo. Por isso, a sua saída não causa “especiais danos”.

Mas ficam críticas ao líder do partido. Filipe Lobo D’Ávila diz que “é óbvio” que Nuno Melo falhou na reconciliação no CDS. “Mas tem 90% dos votos no congresso, está legitimado para dirigir o partido como bem entende”.

“Quem é militante, ou se sente bem, ou não se sente bem”, acrescentou, sugerindo que o CDS actual não está a representar os seus princípios essenciais.

Mesmo assim, admite que sair foi uma decisão “dolorosa”, embora “incontornável e com tranquilidade”.

Lobo D’Ávila não esclarece se vai continuar na política, mas noutro partido.

ZAP //

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