“Para lá de vergonhoso”: o líder do partido com zero eurodeputados… que ganhou

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André Kosters / EPA

Rui Tavares e Francisco Paupério (Livre) na noite das eleições europeias

Francisco Paupério não vai ser eurodeputado. Derrota do Livre mas “vitória de Rui Tavares”. E Paupério teve maior percentagem do que Tavares.

O Livre ficou até aos últimos minutos à espera de perceber se conseguia eleger um eurodeputado, na noite das eleições europeias, no domingo passado.

Mas, ao contrário de BE e CDU, que ao fim da noite souberam que conseguiram segurar um representante, o Livre não conseguiu eleger; ainda não se vai estrear no Parlamento Europeu.

Foram sensivelmente 10 mil votos apenas que separaram o Livre de uma vitória… ou de uma derrota do seu líder?

Como já tínhamos destacado, as perturbadas eleições primárias no partido tiveram Francisco Paupério como vencedor.

Aparentemente, Paupério é alguém que Rui Tavares preferia não ver como cabeça-de-lista nas eleições europeias. Filipa Pinto seria a sua escolha.

Por isso, Rui Tavares até teria o “sonho” de ver o Livre fora do Parlamento Europeu. Pelo menos, para já.

Foi mesmo isso que aconteceu e, por isso, “foi uma vitória de Rui Tavares“, comentou Ana Sá Lopes.

Este resultado do Livre, considera a comentadora política, não é da responsabilidade de Francisco Paupério, mas “unicamente” de Rui Tavares.

“O comportamento de Rui Tavares foi para lá de vergonhoso. Depois de um belo resultado nas legislativas, se ele quisesse apostar no partido a sério, tinha-se empenhado. Mas não quiseram estar na rua. Rui Tavares deixou Francisco Paupério na rua“, analisou, no Público.

“As legislativas são o resultado dele; este seria sempre o resultado de Francisco Paupério, que é alguém de quem Rui Tavares não gosta, não queria que fosse o cabeça-de-lista”, repetiu.

A comentadora sublinhou que “era muito difícil um homem totalmente desconhecido”, como Francisco Paupério, fazer uma campanha sem a ajuda de Rui Tavares, que tem “um grande peso junto da opinião pública” – e foi por isso que o Livre subiu tanto nas legislativas.

Esta ausência, esta falta de empenho na campanha eleitoral, foi “uma das coisas que mais abalaram a imagem de Rui Tavares nos últimos tempos. Tudo que se passou foi inacreditável”, reforçou, avisando que o Livre “estava numa trajectória ascendente e agora pára”.

A também comentadora Helena Pereira resumiu: “Vamos ver se o Livre existe, ou se é o partido de Rui Tavares”.

No entanto…

…o Livre até conseguiu uma percentagem mais alta nestas europeias do que tinha conseguido nas legislativas de Março.

Nos resultados globais das europeias, o partido convenceu 3,76% dos votos; nas legislativas ficou-se pelos 3,16% dos votos.

Ou seja, nas percentagens, Francisco Paupério até conseguiu um melhor resultado do que Rui Tavares.

A diferença foi a abstenção: houve mais de 200 mil votos no Livre em Março, e agora houve menos de 150 mil.

ZAP //

7 Comments

  1. A culpa de o LIVRE não ter entrado no Parlamento é da jornalista do Público, Ana Sá Lopes e da sua vil campanha contre Rui Tavares e contra a Direção do Livre. Parece que a jornalista tem problemas pessoais com o que já foi seu colega de jornal, Rui Tavares. Gostaria de saber o que está por trás dessa campanha que de jornalismo nada teve.

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  2. Neste caso tenho de concordar com Ana Sá Lopes, do Público.
    Viu-se bem que o Rui Tavares (RT) nada fez para que o Livre tivesse um deputado no Parlamento Europeu.
    Se não foi vergonhoso o comportamento do RT, foi dececionante, tanto durante a campanha bem como na escolha do candidato.

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  3. Rui Tavares é o político que:

    1. Sendo deputado pelo BE no Parlamento Europeu, zangou-se com a direção do partido, e em vez de abandonar o PE e ceder o lugar ao seguinte na lista, preferiu ficar como independente, como se a sua eleição tivesse sido o resultado de uma escolha pessoal, e não de uma escolha no partido. Falta de caráter.

    2. Sendo eu membro da Assembleia do LIvre, mas não gostando Rui Tavares de mim nem das minhas ideias, para me expulsar do partido alegou que eu tinha pertencido a outro partido, sem informar o Livre. Ora o partido a que eu tinha pertencido era a Unita, em Angola, em 1975, o que nada tinha a ver com a política portuguesa, e tinha ocorrido há mais de 40 anos. Falta de caráter.

    É este o lider do Livre. Dele tudo se pode esperar, sobretudo o pior que se puder imaginar.

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  4. Esta gentalha só lá anda para defender os seus interesses e o Povo e o país que se lixem. É para isso que eu estou esmifrado com impostos. Para sustentar estes parasitas.

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