O Liverpool conquistou hoje o primeiro título intercontinental, ao vencer por 1-0 o Flamengo, treinado pelo português Jorge Jesus, graças a um golo do brasileiro Roberto Firmino, no prolongamento, na final do Mundial de clubes.
Em Doha, o avançado internacional ‘canarinho’ decidiu a final a favor dos campeões europeus aos 99 minutos, desfazendo o nulo que se verificou no final do tempo regulamentar, durante o qual o Flamengo deu excelente réplica e mostrou as ‘credenciais’ de campeão brasileiro e da Taça Libertadores.
À quarta tentativa, a equipa inglesa levantou o seu primeiro ‘cetro’ mundial, depois de ter perdido as finais da Taça Intercontinental de 1981, precisamente para o Flamengo, e 1984, para os argentinos do Independiente, e do Mundial de clubes de 2005, perante o São Paulo.
O Liverpool torna-se, assim, na segunda equipa inglesa a alcançar o título de campeão intercontinental, juntando-se ao Manchester United, que conquistou o troféu em 1999 e 2008.
A entrada forte do Liverpool, que voltou a contar com o central holandês Van Dijk, esteve perto de produzir ‘frutos’ logo no primeiro minuto, quando Alexander-Arnold ‘encontrou’ Roberto Firmino nas ‘costas’ da defesa do Flamengo, só que o avançado fez o que não lhe é habitual e falhou no frente-a-frente com o compatriota Diego Alves.
Naby Keita e Alexander-Arnold também tentaram surpreender o guarda-redes do ‘Fla’, sem sucesso, numa altura em que a estratégia do campeão europeu era evidente: dava algum fôlego ao adversário para construir na retaguarda, procurando depois tirar partido de um passe mal medido dos ‘rubro-negros’ e lançar ataques rápidos.
A velocidade começou, de facto, a fazer a diferença no relvado do estádio Khalifa, mas a favor do Flamengo, através das iniciativas de Bruno Henrique, que foi criando ‘sobressaltos’ à defensiva dos ‘reds’.
O domínio do Flamengo acabou por se ‘esfumar’ no final da primeira parte, sendo que, do intervalo, veio um Liverpool absolutamente incisivo, que só não se colocou em vantagem porque Firmino acertou no poste, quando tinha tudo para inaugurar o marcador, e Salah rematou ao lado.
A resposta dos ‘cariocas’ chegou em ‘dose’ dupla e pelos ‘pés’ de Gabriel Barbosa: depois de ter atirado por cima numa primeira tentativa, viu Alisson fazer uma enorme defesa e negar-lhe o golo no lance imediatamente a seguir.
O antigo avançado do Benfica voltaria a tentar ‘desatar o nó’ à entrada para os últimos 20 minutos, numa ‘bicicleta’ que se revelou inofensiva, o mesmo sucedendo com Henderson, a cinco minutos do final, num pontapé que foi ‘esbarrar’ na grande intervenção de Diego Alves.
Em tempo de compensação, os corações dos adeptos do Flamengo ficaram em suspenso, quando o árbitro assinalou grande penalidade favorável ao Liverpool, por aparente falta de Rafinha sobre Mané, mas acabou por retificar a decisão, após recorrer às imagens do vídeo-árbitro (VAR).
O nulo adiou as decisões para o prolongamento, durante o qual Roberto Firmino resolveu a ‘contenda’ a favor dos vencedores da Liga dos Campeões europeus. Os ingleses aproveitaram o espaço concedido pelo conjunto do Rio de Janeiro, lançaram um contra-ataque e Mané assistiu Firmino para o tento decisivo.
Pouco depois, Diego Alves evitou que Salah fizesse o segundo dos ‘reds’ e o lance poderia mesmo ter tido consequências de maior para os campeões europeus, já que o Flamengo ainda dispôs de duas boas situações, a última das quais claríssima, aos 119 minutos, quando o jovem Lincoln, lançado por Jorge Jesus no prolongamento, falhou o que parecia um empate certo.
// Lusa