A Empresa de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) vai criar uma rede de 1.200 bicicletas partilhadas dentro de, sensivelmente, um ano, distribuídas pela zona alta da cidade e pela frente ribeirinha.
“É um investimento de 1.200 bicicletas distribuídas por pouco mais de 100 postos de recolha e de colocação e que visa o fomento das mobilidades suaves, (…) que não são poluentes e que hoje em dia, por essa Europa fora, são perfeitamente habituais”, afirmou Luís Natal Marques, presidente da empresa, em declarações à agência Lusa.
De acordo com este responsável, a EMEL está a preparar um caderno de encargos para a criação desta rede de bike sharing, pelo que espera “dentro de um ano e pouco ter o projeto na rua“.
“A ideia que há neste momento é que a colocação das bicicletas terá dois espaços definidos: um no planalto, e quando digo planalto da cidade estou a falar na zona mais alta da cidade, e depois na zona ribeirinha, e estou a falar na zona do Cais do Sodré, Terreiro do Paço e depois na zona um pouco mais oriental, no Parque das Nações“, especificou Luís Natal Marques.
Segundo o Plano de Atividades e Orçamento da EMEL para 2015, aprovado na semana passada pela Câmara Municipal, a rede de bicicletas terá um custo de cerca de dois milhões de euros.
Parques de estacionamento e gestão de meios
O documento revela que para este ano a EMEL prevê um total de investimento de 24 milhões de euros, dos quais 2,8 milhões dizem respeito à construção de um parque de estacionamento subterrâneo no Campo das Cebolas, com 260 lugares.
Em abril, o vereador do Urbanismo da Câmara de Lisboa, Manuel Salgado, informou que este parque estará concluído “ainda este ano”.
Além deste, está em estudo, mas sem projeto definido, um outro parque com 265 lugares no Mercado do Rato, que já suscitou reservas dos comerciantes que ali têm bancas.
Em estudo estão outros parques no Bairro Alto, Anjos, São José e Mercado de Alvalade. Já o Parque Lumiar, com 160 lugares, passará a ser explorado este ano pela EMEL, de acordo com o Plano de Atividades.
A empresa vai ficar também responsável por gerir um funicular, escadas rolantes e um elevador, de acesso à Graça, à Mouraria e à Sé, respetivamente.
Quanto aos valores, Manuel Salgado disse, na semana passada, que os acessos ao Castelo vão custar seis milhões de euros, sendo que o funicular e as escadas rolantes estarão prontos “até ao final de julho” e o elevador da Sé “até ao final de 2015”.
Em 2014, a EMEL teve uma faturação de 27 milhões de euros. “Perspetivamos para 2015 um reforço da faturação para os 28,5 milhões”, apontou Luís Natal Marques, falando na expansão da rede.
“Hoje em dia é até com algum agrado que verificamos que muitas juntas de freguesia e muitas associações de moradores clamam pela presença da EMEL, porque quando a empresa chega o estacionamento é ordenado”, salientou o responsável, que sucedeu a António Júlio de Almeida, após este ter sido demitido pelo município em fevereiro.
Qualificando a EMEL como uma “empresa sólida que gere os seus próprios meios de investimento”, Luís Natal Marques adiantou que esta “não tem rigorosamente nada a ver” com outras empresas municipais em que foi gestor – como a Gebalis, que faz a gestão dos bairros municipais de Lisboa, e a Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL), extinta no final de 2014.
/Lusa
… Na cidade das 7 colinas! Ciclovias cheias de nada. E a usufruir, digo rentabilizar…
EMEL à Costa – Decide parir ideia à custa do parking onerado em tudo o que é sítio – 1200 bykes “partilhadas” à socialismo de interesses do “fogo de vista”
Mais um grande negócio do Clube Partidário