A Câmara de Lisboa decidiu não avançar com o projeto de requalificação da Praça do Martim Moniz que tinha apresentado em novembro do ano passado e que, desde essa altura, mereceu muita contestação.
O projeto de requalificação da Praça do Martim Moniz, que previa a construção de estabelecimentos comerciais em contentores, não vai avançar, anunciou esta quinta-feira o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina.
O chefe do executivo municipal deu conta da “decisão de não avançar com o projeto que tinha sido apresentado e de se iniciar um processo de concurso de ideias” para a “reconfiguração da praça do Martim Moniz” na reunião pública da autarquia, a decorrer esta tarde nos Paços do Concelho.
Fernando Medina (PS) admitiu que “por detrás do debate” decorrido nos últimos meses, marcado por muitas críticas de autarcas e moradores, “está uma preocupação legítima e profunda com a cidade, que é o facto de a cidade de Lisboa se ter alterado muito nos últimos anos” e a Baixa lisboeta se ter transformado “num espaço de pressão turística”.
“Eu identifico-me com estas posições. Acho que têm sentido. Acho que são uma leitura que importa valorizar sobre o estado atual da cidade de Lisboa”, reforçou.
O autarca salientou que, “ao longo destes últimos meses”, o executivo tem procurado uma “solução que sirva bem a cidade de Lisboa”, adiantando que tem havido um diálogo com o promotor e que não vai haver “uma rescisão unilateral do contrato” de concessão da Praça do Martim Moniz.
Relativamente às compensações financeiras a pagar pelo município, Medina disse que ainda não é possível quantificar e que em setembro essa questão será tornada pública.
O presidente da autarquia adiantou ainda que, para já, vão ser retirados os tapumes e a praça do Martim Moniz vai ficar tal como estava.
“Acho que esta é uma boa solução para a cidade. Uma boa solução para o Martim Moniz. Não me custa rigorosamente nada mudar de ideias, até porque acho que quando as mudamos para melhor é bom que isso aconteça”, reforçou Medina.
ZAP // Lusa