Lisboa e Faro com risco acrescido de transmissão da dengue

aoisakana / Flickr

O Aedes aegypti pode transmitir três doenças: Zika, dengue e chikungunya

Instituto de Higiene e Medicina Tropical alerta para um concentração de mosquitos que propagam o vírus. Se vive em Lisboa ou Faro, evite “águas paradas”.

O Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT) alerta para uma presença mais notória da “espécie invasora Aedes albopictus”, noticia o Expresso. O Instituto pede cuidado à população e colaboração para reduzir a transmissão do vírus.

“Estes dados sugerem que poderá, de facto, existir uma maior concentração de mosquitos nestas zonas e vão ao encontro do alerta emitido recentemente pela Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica (Lisboa) sobre o risco de disseminação do vírus da dengue, transmitido pelo mosquito, presente nestes dois distritos”, destacou o IHMT, num comunicado a que a Lusa teve acesso.

Os dados desta plataforma apontam para “uma elevada presença de mosquitos em áreas urbanas com condições propícias à sua proliferação, como jardins, quintais e outros locais com recipientes com manutenção de águas paradas”.

Teresa Novo, entomologista do IHMT NOVA e responsável operacional da plataforma mosquitoWEB, sublinhou que “a evidência científica obtida através do mosquitoWEB reforça a necessidade de uma maior consciencialização da população para reduzir o risco de propagação de mosquitos, vetores de agentes patogénicos no país”.

“A participação da comunidade é essencial para proteger a saúde coletiva”, vincou também, de acordo com a nota de imprensa.

Qualquer pessoa pode participar no projeto mosquitoWEB, através do site’ da plataforma: basta fotografar um mosquito, carregar a imagem na plataforma, fornecer informações sobre o local onde foi encontrado e incluir dados de contacto (telemóvel ou e-mail) para seguimento.

Entre as recomendações para a população, a IHMT NOVA destacou a eliminação de águas paradas e o uso de repelente.

Segundo os dados da OMS, mais de 7,6 milhões de casos de dengue foram notificados à organização este ano a nível mundial, incluindo 3,4 milhões confirmados.

Embora se tenha registado um aumento substancial nos casos de dengue a nível global nos últimos cinco anos, esse crescimento foi mais pronunciado na região das Américas, onde o número de casos já ultrapassou sete milhões até ao final de abril de 2024, superando os 4,6 milhões de 2023.

Muitos dos infetados pelo vírus que provoca a dengue podem ser assintomáticos, mas os sintomas da doença são febre, dor de cabeça, dor muscular e articular, dor em redor ou atrás dos olhos, vómitos, manchas vermelhas na pele e hemorragias.

De acordo com o Expresso, é recomendado à população que “elimine águas paradas, verifique e elimine recipientes com água acumulada, tanto em casa quanto em espaços ao redor, e utilize repelente e outras barreiras físicas, como redes mosquiteiras, para prevenir picadas”.

ZAP // Lusa

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