Festa verde e assunto encerrado. Sporting quebra jejum de 19 anos e volta a celebrar a conquista de um título de campeão nacional. O novo desafio de Mourinho. As finais da Champions e Liga Europa. Ainda as frases e os números da semana. Visto da Linha de Fundo.
Xeque-mate
- Sporting CP (Paulinho 36′) 1 – 0 Boavista FC
19 anos e 6.953 dias depois… o Sporting volta a festejar o título de campeão nacional.
A equipa treinada por Rúben Amorim, que custou 10 milhões de euros, surpreendeu tudo e todos, mesmo grande parte dos sportinguistas. Foi o dia do Sporting, outra vez, mas passado quase duas décadas.
Faltavam dois pontos, na véspera surgiu finalmente o “somos candidatos”, assumido pelo técnico leonino. Milhares de adeptos começaram a surgir no exterior de Alvalade. A festa estava instalada, mas faltava o jogo frente ao Boavista.
Entrada forte dos leões. Remate ao poste do Nuno Santos. Paulinho a falhar. Pedro Gonçalves a chegar tarde para uma emenda. Porro a sair lesionado nos primeiros minutos. Lágrimas de desespero do espanhol. Mais uma bola no poste, desta vez foi Nuno Mendes. Depois Gonçalo Inácio muito perto do golo. Até que surgiu Paulinho a marcar aos 36 minutos. Festa no relvado e no exterior do estádio.
Os leões estavam em vantagem e em condições para assegurar o tão deseja título. Antes do intervalo um grande susto. O Boavista apareceu no jogo depois do golo de Paulinho e foi à área do Sporting criar perigo. Numa jogada iniciada no flanco esquerdo por Elis, a bola surge em Nuno Santos que, na área, rematou para uma grande defesa de Adán.
Na segunda parte é novamente Paulinho a dispor de duas ocasiões para marcar. Pedro Gonçalves voltava a acertar no poste. Os axadrezados ameaçavam. Os leões começaram a revelar mais nervosismo, entrando numa fase do jogo em sofrimento. O grande momento estava cada vez mais perto.
Faltavam ainda mais três minutos de tempo extra… tanto tempo. Luís Godinho apita para o final da partida. O sofrimento de 19 anos acabou. O Sporting é novamente campeão!
No jogo decisivo, os leões apresentaram-se a bom nível, conseguiram uma boa exibição e não tiveram dificuldades em vencer o Boavista. Jogo de muito desperdício em frente à baliza axadrezada, garantindo assim a tão desejada conquista, depois de uma grande temporada leonina que pôs fim a um longo jejum e terminou com um título surpreendente, mas totalmente merecido.
Nota final para a perplexidade causada pela festa leonina, em total desrespeito para com as circunstâncias pandémicas em que Portugal vive e fez colocar em perigo a segurança de todos os que nela estiveram envolvidos. Pouco cuidado das autoridades e dos governantes em gerir uma situação em que estava à vista que seria gigantesco o entusiasmo dos adeptos.
Mais uma noite com as faixas
- FC Porto (Mehdi Taremi 6′ (g.p.) 59′, Toni Martínez 14′, Luis Díaz 20′, João Mário 84′) 5 – 1 SC Farense (Licá 89′)
Missão cumprida com nota alta. O FC Porto recebeu e goleou o Farense por 5-1, resultado que impossibilitou o festejo imediato do título por parte do Sporting.
Com um início de jogo arrasador, os dragões colocaram-se a vencer por 3-0 ainda na primeira parte, com golos de Mehdi Taremi, Toni Martínez e Luis Díaz. Já depois do terceiro golo dos dragões, os algarvios ficaram reduzidos a 10 por expulsão de Bilel, aos 30 minutos
Na segunda parte, Taremi, que já havia feito as duas assistências para os golos do espanhol e do colombiano, bisou aos 54 minutos para o 4-0, cabendo a João Mário, aos 84 minutos, o quinto dos azuis e brancos. O golo de honra do Farense surgiu aos 89 minutos, apontado por Licá, um dos poucos jogadores do Farense que conseguiu manter alguma serenidade.
Sérgio Conceição apresentou três alterações no onze: João Mário, que esteve em bom plano como lateral direito na Luz, foi titular pela segunda vez na Liga – desviando Wilson Manafá para a esquerda com Zaidu no banco –, Grujic surgiu no lugar do castigado Sérgio Oliveira e Marega foi suplente, um dia depois de ter sido oficializada a sua saída a custo zero para o Al Hilal. Toni Martínez fez companhia a Taremi no ataque, num jogo brilhante do avançado iraniano. Que grande jogo de Taremi.
O FC Porto entrou muito forte e cedo começou a construir uma goleada, num jogo em que muito fez para estar sempre sossegado. A equipa apresentou-se com muita dinâmica, inspirada e solta de qualquer pressão.
O ainda campeão cumpriu a missão com muito rigor, perante um adversário que foi sempre incapaz de incomodar, passando praticamente todo o jogo subjugado à forte pressão azul e branca.
O FC Porto esteve entusiasmado e a equipa algarvia não teve capacidade para travar a criatividade ofensiva do azuis e brancos.
Deu goleada para os dragões. Muito mérito na construção do vistoso resultado, com nota artística à mistura, perante um Farense instável e descontrolado.
Cambalhota na Choupana
- CD Nacional (Pedrão 8′) 1 – 3 SL Benfica (Pedrão 78′ p.b., Gonçalo Ramos 81′ e 86′)
Lado a, lado b. Duas partes diferentes e uma reviravolta que surgiu do banco. O técnico Manuel Machado promoveu apenas uma troca no onze inicial: Ibrahim Alhassan rendeu Vladan Danilovic. Jorge Jesus regressou ao 4-4-2 e apostou em Gilberto, Nuno Tavares, Chiquinho, Pedrinho, Franco Cervi e Luca Waldschmidt para o seu onze titular.
Na luta pela permanência, o Nacional entrou determinado. Foram precisos apenas oito minutos para surgir o primeiro golo. canto marcado no lado esquerdo, Riascos aparece isolado ao segundo poste, remate ao poste e Pedrão, na pequena área, aproveitou da melhor maneira para rematar para golo.
Esteve sempre melhor o Nacional na primeira parte, criando maior volume ofensivo e dispondo de ocasiões para ampliar. Helton Leite brilhava na baliza encarnada. Pouco Benfica, perante um adversário audaz.
Para a segunda parte foram lançados Pizzi, Grimaldo e Everton para os lugares de Chiquinho, Pedrinho e Cervi. A história foi outra. Cresceu o Benfica no jogo, com o Nacional a ficar desgastado fisicamente e emocionalmente na defesa da vantagem.
Aumentou a pressão sobre os alvinegros, os golos surgiram e os três pontos foram confirmados. O segredo estava guardado no banco. Uma vitória que mantém os encarnados na perseguição ao segundo lugar, posição que dá acesso direto à fase de grupos da Liga dos Campeões.
Já o Nacional, que esteve em vantagem a grande parte do encontro, viu tudo ruir em pouco mais de 10 minutos, agravando a situação dos madeirenses, últimos classificados com 25 pontos.
Números da Semana
- 19 – 19 anos depois, o Sporting vence a Liga Portuguesa. Está quebrado o maior jejum dos leões na maior prova. É o 19.º título dos verde e brancos.
- 82 – O Sporting está a duas vitórias de quebrar o seu recorde de pontos na Liga Portuguesa (82 pontos – 88 pontos será recorde).
- 31 – Histórico! Pela 1.ª vez uma equipa nacional está invicta 32 jogos consecutivos num único campeonato (Sporting). Os leões treinados por Rúben Amorim venceram 25 jogos e empataram 7 (85% de aproveitamento).
- 3 – Rúben Amorim conquista o 3.º troféu da carreira, todos conquistados nos últimos 16 meses: 1 Liga Portuguesa (Sporting), 2 Taças da Liga (SC Braga e Sporting).
- 4 – Quatro épocas depois o Sporting regressa à Liga dos Campeões.
Será a 9.ª participação dos leões na liga milionária. - 26 – FC Porto não perde na Liga há 26 jogos: é o melhor registo desde que Sérgio Conceição é o treinador dos portistas. Os 26 jogos sem perder ultrapassam o registo estabelecido logo na 1.ª época de Sérgio Conceição (2017/18), quando não perdeu nos primeiros 25 jogos desse campeonato.
- 1 – O Chelsea é a primeira equipa a participar na final da Liga dos Campeões masculina e feminina na mesma época.
- 2 – O Manchester City está numa final europeia pela 2.ª vez na história: 1970 Taça das Taças (venceu o Gornik Zabrze na final) e 2021 Champions.
- 10 – Dez anos depois, Pep Guardiola regressa a uma final da Liga dos Campeões, venceu sempre: 2020/21 Manchester City, 2010/11 Barcelona – Manchester United e 2008/09 Barcelona – Manchester United.
- 2 – Tuchel está na final da Champions pela 2.ª época consecutiva (PSG 2020; Chelsea 2021): é o 1.º treinador a qualificar-se para finais em épocas consecutivas por clubes diferentes.
- 8 – Finais da Liga dos Campeões entre equipas do mesmo país: 2000 Real Madrid – Valência, 2003 Milan – Juventus, 2008 Manchester United – Chelsea, 2013 Bayern Munique – Dortmund, 2014 e 2016 Real Madrid – Atlético Madrid, 2019 Liverpool – Tottenham e 2021 Manchester City – Chelsea.
- 3 – 3.ª final da Champions entre equipas inglesas, a 2.ª nas 3 últimas épocas: 2008 Manchester United – Chelsea, 2019 Liverpool – Tottenham e 2021 Manchester City – Chelsea.
- 3 – N´Golo Kanté (Chelsea) igualou Kevin De Bruyne (Manchester City) como jogador mais vezes eleito o Melhor Jogador em Campo na Champions, apenas na fase a eliminar. O desempate fica marcado para o dia 29 de maio?
- 11 – Equipas já qualificadas para a fase de grupos da Champions 2021/22: Atlético Madrid, Real Madrid, Barcelona, Sevilha, Manchester City, Bayern Munique, Inter Milão, Sporting, Zenit, Dynamo Kyiv e Ajax.
- 8 – O Manchester United está numa final europeia pela 8.ª vez (excluindo Supertaça):
1968 Liga Campeões, 1991 Taça Taças, 1999 Liga Campeões, 2008 Liga Campeões, 2009 Liga Campeões, 2011 Liga Campeões, 2017 Liga Europa e 2021 Liga Europa. - 1 – O Villarreal está na 1.ª final europeia da sua história, depois de ter sido eliminado por 4 vezes nas meias-finais: 2004 Liga Europa, 2006 Champions, 2011 Liga Europa e 2016 Liga Europa.
- 5 – Unai Emery vai disputar pela 5.ª vez a final da Liga Europa, por 3 clubes diferentes:
2014 Sevilla, 2015 Sevilla, 2016 Sevilla, 2019 Arsenal e 2021 Villarreal. - 9 – O Bayern de Munique é campeão pela 9.ª época consecutiva, o maior domínio atual nas 5 principais Ligas UEFA – igualou o registo da Juventus (entre 2012 e 2020), o máximo de campeonatos consecutivos ganhos nas principais ligas europeias. Os bávaros têm mais títulos na Bundesliga (30) do que todas as outras equipas (palmarés apenas a partir da criação da Bundesliga, em 1963/64). Momento especial para o português Tiago Dantas, com a conquista do primeiro título de campeão nacional.
- 3 – O Manchester City é campeão : 3.º título nas 4 últimas épocas, o 5.º nas 10 últimas temporadas.
- 200 – Matheus Magalhães completou jogos pelo SC Braga. Estreou-se em setembro de 2014. É o 3.º guarda-redes com mais jogos pelo SC Braga, depois de Quim e Cesário.
- 200 – Jan Oblak completou 200 jogos pelo Atlético Madrid. Tornou-se o 2.º guarda-redes com mais jogos pelo clube, só atrás de Abel Resino (303).
- 100 – Pole Position número 100 para Lewis Hamilton na Fórmula 1! O heptacampeão do mundo alcançou a centésima pole position na categoria máxima do desporto automóvel depois de bater Max Verstappen e Valtteri Bottas na luta pela pole em Espanha.
Frases da Semana
“Sai um peso de cima de mim. Foi uma boa época, ainda temos de a terminar. Obrigado aos adeptos que deram o benefício da dúvida a esta equipa técnica. Quero que se lembrem deste momento se perdermos um jogo daqui a um mês e meio e não comecem logo com os lenços brancos. Se imaginava estar aqui no início da época? Nunca pensei a longo prazo. Até porque quando tudo parecia mais tranquilo começámos a perder pontos e surgiram algumas dúvidas. Mas demos a volta a isso e queria dar os parabéns aos jogadores e à equipa técnica por terem segurado isto.” Rúben Amorim, treinador do Sporting CP.
“Não vivo muito a dar chapadas de luva branca ou a vingar-me de alguém. Mas às vezes deixou-me chateado as críticas que recebi. Queria muito ser campeão pela felicidade dos sportinguistas, mas também por outras coisas que não são muito saudáveis, admito isso. Porque sou humano e sinto as coisas. É algo que deixo para trás agora. Não sou nem nunca serei associado da ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol). Não me interessa se dizem bem ou mal, eles defendem os treinadores deles, e isso é normal.” Rúben Amorim, treinador do Sporting CP.
“Estrelas do campeonato? Não gosto de falar do individual, este é um desporto coletivo. Parabéns a toda a equipa! É inacreditável. Ainda não temos dimensão do que acabámos de fazer. Vão passar meses e anos e vamos lembrar-nos deste título.” Sebastián Coates, jogador do Sporting CP.
“Estou muito feliz. Era algo em que ninguém acreditava, mas conseguimos e estamos a viver este momento de certa maneira histórico para todos. Devolvemos o Sporting ao lugar que merece, que é entre os melhores.” Antonio Adán, jogador do Sporting CP.
“É o dia mais feliz da minha vida. Era um objetivo que tinha traçado desde que aqui cheguei. A verdade é que esta equipa deu uma chapada de luva branca a quem duvidou do nosso valor. Por isso, o título ainda sabe melhor. Ficámos tristes pelos adeptos não festejarem aqui connosco, Não haveria mal nenhum penso eu. Estarem aqui ou lá fora é igual. Mas vamos celebrar juntos esta noite por Lisboa até amanhã de manhã. Fico feliz por representar este clube.” João Palhinha, jogado do Sporting CP.
“O Pepe deve-me ter confundido com o Loum. Talvez se eu fosse o Rafa, ele pedir-me-ia desculpa. Deve ter-se esquecido de quem em sou. Do meu passado neste clube e do meu presente. E da imagem que sou neste clube.” Jorge Costa, treinador do SC Faranse.
“Estou muito orgulhoso por me juntar ao Al Hilal, obrigado pela vossa confiança em mim. Vamos escrever história juntos.” Moussa Marega, jogador do FC Porto.
“Acho desagradável o que tem acontecido. As coisas deviam ser um pouco diferentes. Quando assumi a equipa A, fiquei só com o que resta da época. Sei o que pretendo para a minha carreira e o que foi falado com o presidente. O Pepa está no ativo e eu estou no ativo, mas é o futebol que temos. Acho que não é bonito.” Bino Maçães, treinador do Vitória SC.
“Acho que é melhor não falar, caso contrário isto descamba. Se me pergunta, vou ter de responder à sua pergunta. Há liberdade de expressão ainda… Mas depois aparecem as multas e eu tenho filhos para sustentar e não dá. Tem sido demasiado. Não é só por este jogo, mas não é normal o que tem acontecido. Nós não fomos competentes, pois permitimos algumas saídas ao Leixões que deram golo. O futebol português precisa de mudar, não é só falar, é a atuar. Como se atua para com os treinadores, tem de se atuar igual. Somos o quê? Damos tudo, tal como os jogadores, e somos os elos mais fracos nisto. Os treinadores deviam unir-se e fazer greve quando for preciso.” António Folha, treinador do FC Porto B.
“Infelizmente, o apoio governativo deixou muito a desejar. A Federação apoiou o movimento associativo desde a primeira hora com financiamentos diretos aos clubes e apoios diretos às associações. Ainda recentemente, aquando do anúncio da linha de financiamento dos 65 milhões de euros, a federação já avançou para as associações e para os clubes cerca de dois milhões, e onde é que estão os 65 milhões anunciados com pompa e circunstância há cerca de dois meses? Para nós, para os clubes, para as associações, até este momento, zero, bola.” Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol.
“Depois de reuniões com os donos e com o Tiago Pinto, percebi de imediato quais são as ambições da Roma. É a mesma ambição que me guia e que me motiva. Juntos queremos construir um projeto vencedor nos próximos anos. A paixão incrível dos adeptos da Roma convenceu-me a aceitar este trabalho e mal posso esperar pelo começo da época. Mas entretanto, desejo o melhor ao Paulo Fonseca.” José Mourinho, novo treinador da Roma.
“Mourinho é um grande treinador, todos o sabemos, e penso que ele fazer um excelente trabalho aqui. Para mim, o profissionalismo é um valor sagrado. Estou aqui como se fosse o primeiro dia: estou motivado para ajudar a Roma até ao meu último dia aqui. Honestamente falando, penso que estava na altura de seguir por caminhos diferentes.” Paulo Fonseca, treinador da Roma.
“Quando o Mourinho ficou disponível não hesitámos em falar com um dos melhores treinadores de todos os tempos. Ficámos deslumbrados com a sua vontade de vencer e a paixão que tem pelo jogo: não interessa a quantidade de troféus que já ganhou, o seu foco é sempre o próximo. Ele tem os conhecimentos, a experiência e a liderança necessárias para competir a qualquer nível.” Tiago Pinto, diretor-geral da Roma.
“Antes na Roma do que na Juventus ou no Milan. Ficaria mais surpreendido se ele tivesse ido para a Juve. O próprio Mourinho teria de refletir muito bem. Para os adeptos do Inter, seria muito pior vê-lo no Milan ou na Juventus. Acredito que eles irão entender, Mourinho fez muito pelo Inter. Há dois anos que Mourinho não tem estado ao seu nível, mas isso não é suficiente para que se duvide dele. No entanto, terá de provar o seu valor.” Marco Materazzi, antigo jogador do Inter de Milão.
“Eu não esperava, ninguém esperava… Mourinho vai trazer entusiasmo, conhecimento e personalidade. É um ótimo treinador. Tenho um relacionamento maravilhoso com ele, é um amigo de há muitos anos. Agradeceu-me imediatamente pela mensagem que lhe enviei e pelos elogios.” Carlo Ancelotti, treinador do Everton.
“O Mourinho é o pior dos piores, foi isso que a Roma conseguiu. Percebo que fosse preciso contratar um grande nome, mas é a mesma coisa que ir buscar um jogador sonante já no final da carreira. O Mourinho só queria um trabalho com dinheiro, mas temos de lembrar que foi despedido três vezes nos últimos quatro anos, vendo-se obrigado a deixar todos os sítios devido à incompatibilidade com toda a gente. Ele nem sequer pratica futebol, mas sim anti-futebol. Os jornalistas até podem adorar as conferências dele, porque vai causar controvérsia, mas para reconstruir uma equipa, foi o pior treinador que podiam ter ido buscar. E estou à vontade para dizê-lo, porque ele até era o meu favorito até há sensivelmente sete anos.” Paolo Di Canio, antigo avançado italiano da Lázio.
“A eventual contratação de Cristiano Ronaldo será sempre uma fonte de receita e não de custo para o Sporting.” André Varela, diretor financeiro do Sporting.
“Adoro-o. Acho que o Rúben Dias tem sido o melhor jogador da época na Premier League, acredito verdadeiramente nisso. Acho que ele teve um efeito enorme no Manchester City. Quando o ouvimos falar e o vemos jogar não acreditamos que tem 23 anos. Acho que o que ele tem feito esta época está ao nível do Van Dijk. Diria que Van Dijk foi abençoado com atributos físicos que Dias não tem e isso impressiona-me ainda mais.” Jamie Carragher, lendário jogador do Liverpool.
“Um tio meu perguntou-me na altura porque é que eu ia para o Wolverhampton, mas agora concorda comigo! Devo admitir que eu também não estava assim tão convencido quando o Jorge Mendes me apresentou essa hipótese. Acabou por convencer-me e agora diz-me: ‘Vês como eu tinha razão?’. Há algum tempo vi um estudo noTransfermarkt que dizia que o Championship era a sexta liga mais valiosa da Europa. A Liga portuguesa era a quinta. Por essa perspetiva podia dizer-se que a minha mudança para o Wolves era um passo atrás naquele momento, mas o Championship é muito competitivo. Mas também o fiz pelo projeto e o Wolves tem as pessoas certas à rente do clube. Por vezes precisamos de dar um passo atrás para dar dois à frente. No fim de contas, as coisas correram bem e ficou provado que esta foi a decisão certa, apesar de ter parecido um pouco arriscada na altura.” Diogo Jota, jogador do Liverpool.
“A todos os adeptos do Shakhtar, gostaria de despedir-me e agradecer. Também gostaria de lhes dar todo o meu respeito por todo o apoio nestas 2 temporadas. Desejo que o futuro do Shakhtar seja um futuro de sucesso e, por último, mas não menos importante, dizer que foi uma grande honra representar este clube.” Luís Castro, treinador do Shakhtar Donetsk.
“Muitos poucos sabem do aperto que sentimos no coração pelo facto de muitas vezes sermos obrigados a deixar a família para trás! Só alguns sabem daquele sentimento horrível e tão difícil de entrar em casa, já pela noite, ir ao quarto dos nossos filhos e eles já na cama a dormirem. Só alguns sabem do sabor tão especial desta conquista importante para atualidade do meu clube. Só alguns sabem das variadas dificuldades que têm sido superadas neste trajeto, nesta caminhada na tentativa da realização dos nosso sonhos.” Carlos Fangueiro, treinador do F91 Dudelange.
“Atacar os próprios jogadores e o antigo treinador é um comportamento muito feio. Eu sei que não é bonito falar do trabalho de outros treinadores, mas as palavras dele chatearam-me. A minha equipa jogava bem, tinha bons resultados e tenho a certeza de que iríamos às competições europeias. Eu deixei um carro de Fórmula 1 totalmente equipado, mas Sá Pinto está a conduzi-lo como um trator. É um principiante.” Marius Sumudica, treinador que o português substituiu na equipa turca do Gaziantep.
“Quando cheguei ao Ajax ficávamos felizes com a qualificação para a Liga Europa. Agora, perdemos nos quartos de final e consideramos que é uma má prestação. Convém não criar grandes expectativas. A seguir a FC Porto e Benfica, somos a única equipa de um país pequeno a desafiar os grandes clubes da Europa.” Erik Ten Hag, treinador do Ajax.
“O meu futuro está claro e delineado. Essa bela e tão longa experiência com a Juventus vai chegar ao fim definitivamente este ano. Ou encontro uma situação que me motive ou paro de jogar e tenho uma experiência de vida diferente. Ainda estou em reflexão. É fim de um ciclo.” Gianluigi Buffon, guarda-redes da Juventus.
“João Félix teve problemas com lesões, mas dentro de alguns meses será um dos melhores jogadores da Europa. Ninguém duvida. Todos os jogadores precisam de uma adaptação.” Enrique Cerezo, presidente do Atlético de Madrid.
“É verdade, sou um Sansão ao contrário. Cortei o cabelo e as coisas começaram a fluir. Estou feliz de poder ajudar o Galo, fazendo bons jogos ao lado dos meus companheiros e queria dar continuidade. São mais de 16 anos longe do Brasil, só fiz dois jogos aqui antes de ir embora com 18 anos. Precisava entender o futebol daqui.” Hulk, jogador do Atlético Mineiro.