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Sporting 1-0 Boavista | “Leão” bate “Pantera” e é campeão!

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O Sporting é campeão nacional. Dezanove anos depois e à boleia de um golo de Paulinho, os leões conquistaram o seu 19.º campeonato.

O Sporting é o campeão nacional época 2020/21. A formação de Alvalade conquistou o seu primeiro título desde 2002, ao bater o Boavista em Alvalade por 1-0, esta terça-feira, golo de Paulinho na primeira parte.

Um feito extraordinário conseguido ao cabo de 32 jornadas, nas quais os “leões” não perderam qualquer jogo. A equipa de Rúben Amorim foi a melhor em campo nesta partida, dominou por completo, mas acabou por marcar apenas um golo, apesar de ter criado uma quantidade enorme de ocasiões para marcar. Parabéns ao Sporting Clube de Portugal!

O jogo explicado em números

  • Pedro Porro foi a única alteração no “onze” do Sporting em relação à vitória em casa do Rio Ave, na jornada passada, saindo João Pereira, enquanto no Boavista, Paulinho, Chidozie, Ricardo Mangas e Gustavo Sauer, titulares ante o Tondela, ficaram de fora, entrando Show, Yanis Hamache, Jackson Porozo e Nuno Santos.
  • O Sporting entrou forte à procura do primeiro golo e, logo aos cinco minutos, Nuno Santos arrancou um belo pontapé de fora da área e a bola esbarrou com estrondo no poste esquerdo da baliza de Léo Jardim. Aos 11 minutos, na sequência de um canto, Paulinho cabeceou muito perto do poste, e aos 15, Pedro Gonçalves chegou atrasado a um cruzamento de Nuno Mendes.
  • Só dava Sporting e, no primeiro quarto-de-hora, os líderes da Liga registavam impressionantes 73% de posse de bola e seis remates, os únicos da partida, embora nenhum enquadrado. Além disso, os “leões” somavam quatro acções com bola na área contrária (contra zero) e 92% de eficácia de passe (para 65%). O golo rondava a baliza “axadrezada”, mas tardava.
  • Aos 16 minutos, grande contrariedade para Rúben Amorim, que perdeu Pedro Porro devido a uma lesão muscular, no momento em que este tentava alvejar a baliza contrária. Para o seu lugar entrou de imediato João Pereira. Mas esse facto não afectou em nada a superioridade leonina, com os homens de Alvalade a pressionarem.
  • À meia-hora o “leão” continuava a mostrar o mesmo defeito, a finalização pouco competente. Nesta fase registava oito remates (contra um), mas nenhum enquadrado com a baliza do Boavista, apesar de registar expected goals (xG) de 0,8. A posse de bola continuava muito alta, nos 73%, e a eficácia de passe dos 90%. O melhor rating aos 30 minutos pertencia a João Palhinha, um 5.8 que reflectia 93% de eficácia de passe, seis passes longos completos em sete, quatro variações de flanco e três desarmes.
  • Até que o golo leonino acabou mesmo por acontecer, aos 36 minutos. Bom lance de João Mário, que endereçou para Nuno Santos na esquerda, este arrancou um cruzamento e Paulinho, no coração da área, só teve de encostar. Um tento que surgiu ao décimo remate da equipa da casa, primeiro enquadrado.
  • Aos 40 minutos surgiu o primeiro lance de grande perigo para o Boavista, com Nuno Santos, em plena grande área, a rematar de primeira sem marcação, para uma enorme defesa de Adán.
  • Vantagem do Sporting ao descanso perfeitamente justificada. Os “leões” mandaram por completo no jogo, tiveram muito mais bola, atacaram muito e criaram diversos lances de perigo, e o golo surgiu por Paulinho, lançando a festa entre os milhares de adeptos que se encontravam no exterior do Estádio José Alvalade. O melhor em campo no primeiro tempo foi Nuno Santos, um verdadeiro “diabo à solta” do lado esquerdo do ataque sportinguista, sempre a dar linhas de passe, a desmarcar-se e a desequilibrar. O seu GoalPoint Rating de 6.4 reflectia uma assistência em dois passes para finalização, um remate ao poste, e apenas uma entrega errada (em 22).

Patricia De Melo Moreira / AFP

  • Logo na primeira jogada de ataque do segundo tempo, Paulinho surgiu solto na grande área boavisteira e rematou para uma defesa espectacular de Léo Jardim. E aos 52 minutos, o atacante demorou muito tempo e, quando rematou, com tudo para marcar, Reggie Cannon afastou para canto.
  • À hora de jogo o “leão” continuava dono e senhor dos acontecimentos, com 68% de posse, cinco remates contra um, apenas um enquadrado, é certo, e incríveis sete cantos, mais três do que em toda a primeira parte. Voltava a cheirar a golo, mas a defesa do Boavista e Léo Jardim iam aguentando “o barco”.
  • O jogo começou a “adormecer” ao longo do segundo tempo, mas não havia dúvida sobre a melhor equipa em campo. Ao todo o Sporting somava, aos 70 minutos, 15 remates, três enquadrados, 26 acções com bola na área contrária (12 no segundo tempo) e 66% de posse, sendo 63% desde o intervalo. O Boavista tinha dois remates, um enquadrado, na etapa complementar e não ameaçava verdadeiramente Adán.
  • Pedro Gonçalves, aos 78 minutos, fugiu em grande velocidade pelo lado direito, e rematou com estrondo ao poste esquerdo da baliza do Boavista. Logo a seguir foi Léo Jardim a evitar um autogolo de Adil Rami e Paulinho, aos 79, completamente solto na grande área, atirou para a bancada.
  • Notava-se nos jogadores leoninos ansiedade pelo final do jogo, de forma a festejarem o título, pelo que o Boavista teve o jogo na mão nos últimos minutos, mas nunca conseguiu atacar com critério, optando por despejar bolas para a área sportinguista. Sem efeitos práticos. Estava encontrado o campeão.

O melhor em campo GoalPoint

O culminar de uma época de sonho, que o viu agarrar o papel de indiscutível titular na equipa do Sporting, estrear-se na selecção nacional e acabar campeão da Liga NOS. Nuno Mendes foi o MVP do jogo do título, com um GoalPoint Rating de 6.6. Não foi a nota mais elevada da época, longe disso, mas reflecte uma exibição competente, que teve um remate ao ferro, duas ocasiões flagrantes criadas em três passes para finalização, cinco passes ofensivos valiosos, dois cruzamentos eficazes em quatro, 91% de eficácia de passe e quatro intercepções.

Jogadores em foco

  • João Palhinha 6.5 – O segundo melhor elemento no primeiro tempo manteve o nível elevado na etapa complementar e também terminou em segundo nos ratings. O “trinco” esteve impecável no passe, completando 16 de 19 longos, igualando assim o recorde da Liga 2020/21. Além disso somou 13 passes progressivos eficazes, sete variações de flanco e quatro desarmes.
  • Pedro Gonçalves 6.4 – Mais uma exibição de qualidade, a criar inúmeros lances de perigo. “Pote” não marcou para descolar de Seferovic na lista de melhores marcadores, mas esteve perto disso. Além de um remate ao poste, criou duas ocasiões flagrantes em três passes para finalização, fez cinco passes ofensivos valiosos, registou seis acções com bola na área contrária e sete recuperações de posse.
  • Feddal 6.3 – Sólido na retaguarda, com seis acções defensivas, o central marroquino esteve quase perfeito no passe, com 94% de eficácia (63 completos de 67), nove passes longos certos em 12 e 13 progressivos eficazes.
  • Nuno Santos 6.2 – O melhor elemento da primeira parte foi caindo um pouco, em paralelo com a equipa, mas não deixou de ser um dos mais importantes elementos do triunfo leonino. Foi ele o autor da assistência para o golo de Paulinho, terminando com dois passes para finalização.
  • Paulinho 5.4 – A movimentação, ligação com os colegas de equipa e inteligência nas desmarcações permitiram a Paulinho fazer o único golo do encontro e estar nos melhores lances ofensivos dos “leões”… mas também nos piores. Isto porque desperdiçou cinco ocasiões flagrantes de golo, algo que nunca antes acontecera na Liga portuguesa desde que há GoalPoint. O ponta-de-lança foi o mais rematador do jogo, com seis disparos, dois enquadrados, foi o jogador mais travado em falta (5), ganhou os três duelos aéreos ofensivos em que participou e fez oito acções com bola na área contrária, máximo da partida.
  • Show 6.4 – O médio angolano foi o melhor do Boavista. Além de sete recuperações de posse e sete desarmes (máximo do jogo), Show fez quatro alívios e completou as duas tentativas de drible.

Resumo

1 Comment

  1. CURIOSIDADES: Este é o título 19-19. Isto é, é o título nº 19, 19 anos depois do 18º. Ontem o autocarro dos campeões levou 3 horas a arrancar, porque já não se lembravam do caminho para o Marquês, percorrido há 19 anos.

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