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Líder sírio da Al-Qaeda ameaça levar a batalha ao Ocidente

Freedom House / Flickr

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O líder da Frente al-Nusra, braço sírio da Al-Qaeda, ameaçou os povos do Ocidente de que a continuação dos ataques aos jihadistas na Síria “deslocará a batalha” para os seus países, numa gravação áudio hoje difundida na internet.

“Os vossos dirigentes não pagarão sozinhos o preço da guerra, vocês vão pagar um preço elevado”, diz Abu Mohammad al-Julani, dirigindo-se aos povos dos países ocidentais, instando-os a oporem-se aos respectivos Governos.

Trata-se da sua primeira intervenção desde o início, há quase uma semana, de uma campanha de ataques aéreos diários na Síria contra posições do grupo extremista Estado Islâmico (EI) e da Frente al-Nusra, por uma coligação liderada pelos Estados Unidos.

Nenhum país enviou soldados para o terreno para combater os jihadistas, mas o chefe do braço sírio da Al-Qaeda afirma que “o facto de os ataques estarem a ser feitos à distância deslocará a batalha para vossa casa”.

O líder da organização terrorista não precisou como é que a Al-Qaeda vai ripostar aos ataques, mas dirigiu-se aos “povos da América e da Europa”, perguntando-lhes: “O que é que ganharam com a vossa guerra contra os muçulmanos e os jihadistas senão tragédias e dores que se abateram sobre os vossos países e crianças?”, numa referência à morte de soldados ocidentais no Iraque e no Afeganistão e de civis nos atentados do 11 de setembro.

Os Estados Unidos lançaram a 8 de agosto uma campanha de ataques aéreos sobre o Iraque que estenderam na terça-feira à Síria, tomando como alvo posições da al-Nusra e de membros do Khorassan, um grupúsculo ligado à Al-Qaeda que se preparava, segundo Washington, para lançar “grandes ataques” nos Estados Unidos e na Europa.

A intervenção do líder da Al-Nusra surge um dia depois da divulgação de um vídeo do grupo no qual o seu porta-voz ameaça com represálias “em todo o mundo” os países da coligação anti-jihadista, classificando as respetivas operações como “guerra contra o Islão”, e criticando um “eixo do mal” dirigido pelo “país dos cowboys”.

/Lusa

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