Projecto pioneiro vai acontecer na Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica. Seis faculdades envolvidas nesta licenciatura.
Portugal vai ter, pela primeira vez, uma licenciatura em Ciências e Sociedade.
Este projecto pioneiro é da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica.
O curso vai envolver seis faculdades da Católica e combina biociências, tecnologia e humanidades, preparando os estudantes para os desafios do século XXI – mesmo os que ainda nem existem.
Cada aluno tem a oportunidade de construir um percurso ajustado aos seus interesses específicos, lê-se em comunicado enviado ao ZAP.
Os alunos serão desafiados a enfrentar problemas reais, colaborando em projectos interdisciplinares.
De acordo com a Universidade Católica, a licenciatura promete formar uma nova geração de líderes capazes de enfrentar os desafios globais com criatividade e determinação.
Inspirada em programas com provas dadas a nível internacional, Ciências e Sociedade é uma licenciatura inovadora e única em Portugal.
Além da base de biociências e tecnologia, o curso é complementado com disciplinas de vários ramos das humanidades e ciências sociais.
Paula Castro, directora da Escola Superior de Biotecnologia, é a líder desta licenciatura: “A exigência da sustentabilidade, a generalização da inteligência artificial, a nova (des)ordem política mundial, as falhas de inclusão e a necessidade de redução das desigualdades mundiais são desafios maciços para a nossa Sociedade. Neste sentido, são necessárias novas gerações de profissionais preparados com lógica interdisciplinar para conseguir abarcar problemas tão abrangentes como os que encaramos.”
Esta licenciatura, acrescenta a instituição, é vocacionada para estudantes intelectualmente curiosos, que querem abraçar a incerteza e torná-la uma oportunidade para (re)imaginar e (re)inventar o futuro, esta é uma licenciatura para quem procura uma base científica para entender o vasto mundo à sua volta.
O primeiro ano do curso vai centrar-se na preparação em disciplinas científicas e das humanidades. Os segundo e terceiro anos estarão focados em projectos autónomos e multidisciplinares em torno de problemas concretos, explicou o coordenador Tim Hogg.
“O percurso profissional dos formados em Ciências e Sociedade noutros países mostra que o potencial é extraordinário: desde a política à administração, passando pela criação de startups tecnológicas, consultadoria criativa e gestão de topo em múltiplas indústrias, são pessoas que sabem ler o contexto, mobilizar recursos e tirar partido da incerteza,” conclui Paula Castro.