O Ministério Público de Braga acusou um homem de dois crimes de burla tributária por ter forjado uma carreira contributiva para obter atribuições patrimoniais indevidas, lesando a Segurança Social em 38.490 euros.
Em comunicado, a Procuradoria-Geral Distrital do Porto refere que, segundo a acusação do Ministério Público (MP), o arguido figurou como trabalhador numa empresa, de 22 de maio de 2012 a 31 março de 2014, a auferir 13.500 euros, e noutra, de 1 de julho de 2011 a 15 de abril de 2014, com o salário de 5.150 euros.
“Posteriormente, apesar de nunca ter auferido as referidas remunerações, o arguido apresentou na Segurança Social, nos anos de 2012, 2013 e 2014, pedidos de prestações sociais, como subsídio de desemprego, de pagamento de créditos emergentes de contrato de trabalho pelo Fundo de Garantia Salarial e de subsídio de doença”, acrescenta a acusação.
Com isso, o arguido logrou que a Segurança Social lhe pagasse um total global de 38.490,76 euros “a que não tinha direito”. O MP indiciou ainda que o arguido fez outros pedidos, com o mesmo intuito, em 2014 e 2015, invocando a sua qualidade de trabalhador de uma empresa em que pretensamente auferiria 9.500 euros.
Estes pedidos foram, no entanto, indeferidos pela Segurança Social. O arguido está acusado de dois crimes de burla tributária, um na forma consumada e outro na forma tentada.
// Lusa