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Avanço da lava em La Palma obriga cerca de 800 pessoas a abandonar as casas. Há agora perto de sete mil desalojados

A lava proveniente do vulcão Cumbre Vieja continua a consumir a ilha de La Palma, nas Canárias. Ao fim de 23 dias, surgem novas correntes que obrigaram cerca de 800 habitantes a abandonar as suas casas.

O avanço da lava em La Palma para uma zona industrial, onde se encontravam fábricas e cimenteiras, gerou gases tóxicos que obrigaram o Plano de Emergência Vulcânica das Canárias (Pevolca), o comité de crise responsável por monitorizar a erupção, a impor novos confinamentos na ilha pela terceira vez.

Atualmente, o confinamento abrange uma área que inclui várias cidades dos municípios de El Paso e Los Llanos de Aridane, onde vivem entre 2500 e 3000 pessoas, segundo revelou o porta-voz do comité, Miguel Ángel Morcuende, citado pelo jornal espanhol El País.

Contudo, as autoridades estão agora preocupadas com uma outra corrente que se encontra a escassas centenas de metros do oceano, o que poderá vir a gerar uma ameaça idêntica.

Quase 600 hectares e cerca de 700 construções foram já arrasadas e, como tal, cerca de 800 pessoas viram-se obrigadas a abandonar os seus lares.

Esta é a última evacuação ordenada pelas autoridades desde a erupção do vulcão La Palma, a 19 de setembro, elevando assim o número total de desalojados para cerca de 6.800.

“Fizemos uma evacuação preventiva e com tempo suficiente para poder retirar tudo o que era necessário”, explicou Morcuende, citado pelo El País.

Perante este cenário, as autoridades multiplicam as medições de dióxido de enxofre que, até agora, não ultrapassaram os limites estabelecidos. Os vulcanólogos confirmam a existência de várias bolsas de magma diferentes na origem da erupção.

O vulcão Cumbre Vieja da ilha La Palma nas Canárias entrou em erupção no dia 19 de setembro, e quase um mês depois não dá sinais querer arrefecer, tendo causado uma derrocada na parte norte do seu cone, fazendo a lava espalhar-se em diferentes direções.

No último domingo, dia 10 de outubro, foram detetados 21 movimentos sísmicos, sendo o mais forte classificado com 3.8 na escala de Richter.

Ana Isabel Moura, ZAP //

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