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Lar de Marvila vai fechar, mas ainda há idosos sem sítio para onde ir

O Lar Mansão Santa Maria de Marvila, em Lisboa, vai fechar. A Segurança Social está a tentar recolocá-los, mas há 87 idosos que ainda não têm para onde ir.

O Lar Mansão Santa Maria de Marvila, em Lisboa, vai fechar após o contrato de gestão entre a Fundação D. Pedro IV e a Segurança Social ter terminado esta quarta-feira. No entanto, a transferência de idosos para outras instituições só deverá acontecer “no final de setembro”. Atualmente, estão a decorrer negociações para que os idosos fiquem no lar após a data do fim de contrato.

O encerramento já foi anunciado no dia 21 de julho, mas os idosos continuam sem solução. A pandemia de covid-19 dificultou a realocação das pessoas, explicou a vogal do Conselho Diretivo do Instituto da Segurança Social, Ana Vasques, ao Observador.

“Há necessidade de aplicar procedimentos adicionais para segurança de todos os idosos de acordo com as orientações da Direção Geral da Saúde”, salientou.

Embora Ana Vasques garante que há solução para todos os idosos, os familiares mostram-se preocupados e transparecem uma ideia diferente.

“A Segurança Social diz-nos que ainda está à espera de conseguir arranjar colocação para o meu pai. Não faço ideia do sítio para onde pode ir, a única garantia que nos deram é de que vai ficar no distrito de Lisboa”, contou Álvaro Silva à Rádio Observador.

A partir de quinta-feira deixa de haver responsabilidade legal e todos os funcionários deixarão de prestar serviço, após terem sido alvo de um despedimento coletivo.

O Lar Mansão Santa Maria de Marvila abrigava 140 idosos, dos quais 28 já estão recolocados e outros 25 devem ser transferidos ainda hoje. Do verso da moeda, há 87 idosos sem solução.

Quem também procura colocação são os 79 trabalhadores despedidos. A solução encontrada foi que a Santa Casa acolheria todos os trabalhadores interessados. No entanto, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços acusa o Governo de “não dar garantias de que todos os trabalhadores iam ser colocados”, como prometido anteriormente.

O encerramento do lar foi determinado porque “o edifício já não tem as condições necessárias para continuar a dar esta resposta social”, explicou Ana Vasques, salientando ainda “divergências antigas” entre a Segurança Social e a Fundação D. Pedro IV.

ZAP //

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