O Kosovo e a Sérvia podem vir a rebatizar o seu lago partilhado em honra de Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos, cuja administração tem facilitado o acordo de normalização económica entre os dois países.
De acordo com a Newsweek, o primeiro-ministro do Kosovo, Avdullah Hoti, aceitou a sugestão de rebatizar um lago partilhado entre o seu país e a Sérvia em homenagem ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O corpo de água é conhecido pelos sérvios como Lago Gazivoda e pelos habitantes do Kosovo como Lago Ujman.
O nome do lago é apenas uma das muitas divergências que a Sérvia e o Kosovo enfrentaram durante as negociações mediadas pelos Estados Unidos que terminaram com os dois lados a assinar um acordo para normalizar os laços económicos na Casa Branca em 4 de setembro.
Durante as negociações, Richard Grenell, enviado especial de Trump para as negociações de paz entre a Sérvia e o Kosovo, terá sugerido – aparentemente em tom de brincadeira – que o lago fosse rebatizado com o nome de Donald Trump para superar esse impasse.
Em 24 de setembro, Hoti anunciou que acolheu a ideia numa publicação no Facebook. “Acolhi a proposta do Embaixador Grenell para que o Lago Ujman se chamasse Lago do Presidente Trump, em sinal de honra pelo seu extraordinário papel na obtenção de um acordo histórico sobre a normalização das relações económicas entre a República do Kosovo e a Sérvia, como um grande passo em direção ao acordo político final, que deve resultar em reconhecimento mútuo”, escreveu.
Uma imagem de uma placa onde se lê “Lago Trump” numa barragem no lago – que fornece a maior parte da água potável do Kosovo – foi publicada nas redes sociais em 24 de setembro e partilhada por Grenell no Twitter.
No Facebook, Hoti observou que “Kosovo batizou várias praças em homenagem a personalidades americanas, incluindo os presidentes Clinton e Bush, o senador Bob Dole, a secretária de Estado Madeleine Albright, em homenagem ao seu papel na liberdade de Kosovo e na independência da Sérvia”.
A guerra de independência de Kosovo da Sérvia fez mais de 10 mil mortos, sendo a maioria albaneses étnicos de Kosovo. Mais de 1.600 pessoas permanecem desaparecidas.
A luta terminou após uma campanha aérea da NATO de 78 dias contra a Sérvia.
Kosovo, que tem uma população em grande parte albanesa, declarou a sua soberania em 2008, um movimento reconhecido por muitos países ocidentais – mas não pela Sérvia nem pelos seus aliados Rússia e China.
O KOSOVO foi mal independentado. O Kosovo sempre pertenceu á Sérvia.