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Ladrão de bitcoins sai da prisão pela janela e foge no mesmo voo da primeira-ministra da Islândia

Um islandês roubou 600 computadores para minerar bitcoins. Depois de ter sido apanhado, fugiu da prisão pela janela e embarcou para a Suécia no mesmo avião da chefe de Governo de Reiquiavique.

Sindri Thor Stefansson, acusado de liderar uma rede que roubou 600 computadores para minerar bitcoins, fugiu da prisão onde estava detido pela janela. Depois disso, usou uma identidade falsa para apanhar um avião, em direção à Suécia.

Stefansson tinha sido detido em fevereiro e foi transferido, há pouco mais de uma semana, para uma prisão de baixa segurança.

De acordo com as autoridades do país, a fuga não foi imediatamente detetada, sendo que os guardas prisionais só se aperceberam da sua ausência quando o criminoso já tinha entrado no avião com destino a Estocolmo.

Nesse voo, estava ainda Katrín Jakobsdóttir, a primeira-ministra da Islândia, a caminho de um encontro com o primeiro-ministro indiano na Suécia.

O ladrão foi reconhecido através das gravações das câmaras de segurança do aeroporto, mas, neste momento, o seu paradeiro é incerto. As autoridades islandesas já emitiram, entretanto, um mandado internacional de captura.

A prisão de baixa segurança para a qual Stefansson tinha sido transferido há 11 dias fica situada a apenas 95 quilómetros do aeroporto internacional de Keflavik.

Sem vedações, os reclusos têm acesso a telefone e à internet, o que não é inteiramente invulgar na Islândia, país com 340 mil habitantes que tem um dos mais reduzidos índices de criminalidade do mundo.

Apesar de o cabecilha da rede já ter sido detido, juntamente com outros dez indivíduos igualmente acusados de roubo, os 600 computadores, avaliados em 1,66 milhões de euros ainda não foram descobertos, de acordo com o The Guardian.

Agora é preciso encontrar o criminoso outra vez. Se for verdade que seguia no mesmo voo para Estocolmo onde estava a primeira-ministra, que se ia encontrar com o seu homólogo indiano, Narendra Modi, a tarefa passa a caber às autoridades suecas, ou às de eventuais outros países onde Stefansson se dirija.

Como tudo se passou dentro da zona Schengen, é provável que nem tenha tido de mostrar passaporte.

As autoridades garantem que a fuga teve um cúmplice. Entretanto, se os 600 computadores continuarem a ser usados para produzir bitcoins e outras moedas virtuais – as quais, pela sua natureza não deixam rasto – isso pode significar um lucro enorme para os criminosos.

Nos últimos tempos, a Islândia tornou-se um grande centro de mineração de bitcoins – um processo que envolve o uso intensivo de computadores para processar os complexos cálculos que a popular moeda virtual envolve. Em dezembro e janeiro, 600 computadores foram levados de dois grandes centros de dados, em quatro ocasiões, no que já foi descrito como o maior roubo de sempre de país.

ZAP //

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