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Cientistas apresentam novo e aprimorado laboratório de imagem do cérebro humano

As células do cérebro geram constantemente correntes elétricas que emitem campos magnéticos muito pequenos. Agora, uma equipa de cientistas da Virginia Tech, nos Estados Unidos, consegue medi-los usando uma nova técnica de imagem do cérebro, chamada magnetometria com bombeamento ótico.

A equipa de cientistas recebeu uma bolsa de estudo para medir os sinais magnéticos subtis do cérebro de dois voluntários enquanto interagem um com o outro.

O dispositivo de magnetometria com bombeamento ótico é leve, vestível e mede a atividade cerebral enquanto os voluntários se movem, se sentam ou interagem com outras pessoas.

Segundo o EurekAlert, a tecnologia usa chips com sensores quânticos para medir a força e a localização da origem dos campos magnéticos produzidos pelo cérebro.

As ressonâncias magnéticas exigem que os pacientes fiquem deitados e imóveis. Já este novo exame permite a movimentação do paciente e abre novas portas ao diagnóstico de doenças em bebés, crianças ou pessoas com distúrbios de movimento.

O portal explica que os sensores de magnetometria com bombeamento ótico funcionam passando um feixe de laser através de uma célula de vidro cheia de vapor. Os campos magnéticos gerados pelo cérebro mudam os níveis de energia atómica do vapor na célula, aumentando ou diminuindo a corrente de luz.

O sensor da célula deteta as mudanças no feixe de laser e produz uma corrente elétrica proporcional à quantidade de luz, convertendo um sinal magnético em elétrico.

Através de modelagem computacional, os cientistas conseguem observar que regiões do cérebro são mais ativas em determinadas tarefas.

Para que os sensores funcionem, é necessário eliminar os sinais de interferência que confundem os dados: o trânsito nas proximidades ou até o próprio núcleo da Terra, que produz sinais magnéticos.

É por este motivo que o novo laboratório de magnetometria com bombeamento ótico em Roanoke, na Virgínia, será instalado numa sala magneticamente blindada.

Liliana Malainho, ZAP //

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