Três dos 60 sismos registados foram sentidos pela população, tendo o de maior magnitude ocorrido às 02h27, em Mazo, com uma magnitude de 4,5 na Escala de Richter.
Um total de 60 sismos foram registados na ilha de La Palma, nas Canárias, desde as 00h00 desta quinta-feira, um deles de magnitude 4,5 na Escala de Richter, o maior sentido até agora desde que a erupção do vulcão começou, há 26 dias.
Segundo o Instituto Geográfico Nacional espanhol (IGN), a atividade sísmica aumentou nas últimas horas em La Palma, depois de na quarta-feira ter diminuído ligeiramente.
Três dos 60 terramotos registados foram sentidos pela população, tendo o de maior magnitude ocorrido às 02h27 (a mesma hora em Lisboa), em Mazo, com uma magnitude de 4,5 na Escala de Richter, a uma profundidade de 37 quilómetros, após outro de 4,1 graus, também nesta cidade, três segundos antes do anterior e à mesma profundidade.
O terceiro mais forte foi sentido em Fuencaliente, com uma magnitude de grau 3,6, a uma profundidade de 10 quilómetros às 05h30 desta quinta-feira.
As autoridades ordenaram no final de quinta-feira a evacuação de um novo bairro no município de Los Llanos de Aridane, na ilha de La Palma, devido ao avanço do último fluxo de lava gerado pela erupção do vulcão Cumbre Vieja.
Segundo fonte do Governo regional das Canárias citada pela agência EFE, estima-se que esta nova evacuação afete cerca de 15 residentes que vivem nesta zona.
Esta é a segunda evacuação causada em apenas 24 horas pelo avanço do novo deslizamento de terras que se formou nos últimos dias a norte do principal, depois de cerca de 800 residentes do bairro de La Laguna terem sido ordenados a abandonar as suas casas na terça-feira à tarde.
Os indicadores monitorizados por cientistas no vulcão de La Palma, especialmente as emissões de dióxido de enxofre, sugerem que o fim da erupção não vai acontecer a curto ou médio prazo, segundo a porta-voz do comité científico do Plano de Emergência Vulcânica das Ilhas Canárias (Pevolca).
A lava do vulcão de La Palma, que entrou em erupção no dia 19 de setembro, ocupava na quarta-feira 656 hectares e já afetou mais de 1.500 construções, das quais 1.458 foram destruídas.
Uma nuvem de dióxido de enxofre emitido pela erupção do vulcão Cumbre Vieja atingiu a Península Ibérica e deverá estar na atmosfera até sexta-feira, informou na quarta-feira o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Usando previsões do modelo do Serviço de Monitorização Atmosférica do programa de observação por satélite europeu Copernicus, a “intrusão de dióxido de enxofre” está acima dos 3.000 metros de altitude, “não afetando por isso as concentrações deste gás à superfície”.
// Lusa