A missão Juno, da NASA, fez a sua aproximação mais próxima de Io, passando a 1.500 quilómetros da superfície no dia 3 de fevereiro.
A sonda Juno anda a passear pelo sistema solar lá para os lados de Júpiter, e depois de umas quantas aventuras perto de Ganimedes, está agora a dar um pouco de atenção a outra das luas do planeta: Io.
Io é conhecida pela atividade vulcânica que marca a sua superfície. Aliás, os primeiros vulcões ativos descobertos fora da Terra foram, precisamente, observados nesta lua de Júpiter.
“Esta lua é o corpo celeste mais vulcânico que conhecemos no Sistema Solar”, realça Scott Bolton, investigador principal da missão Juno.
As fotografias mais recentes enviadas pela sonda, recolhidas na sua maior aproximação a IO até agora, revelam alguns destes vulcões em erupção.
Ao longo do último ano, Juno aproximou-se progressivamente da lua vulcânica, culminando nestas duas últimas observações com um objetivo específico: descobrir o que se passa no interior de Io.
Em ambos os casos, nota o IFLS, a sonda encontrava-se a uma distância de cerca de 1.500 quilómetros da superfície da lua.
Os cientistas acreditam que a gravidade de Júpiter e o efeito de duas das outras três luas sejam a causa do vulcanismo, nomeadamente o oceano subgelo de Europa e o campo magnético único de Ganimedes.
No entanto, há ainda muitas incertezas, pelo que o sobrevoo deverá mostrar, num futuro próximo, se existe um oceano de magma sob a superfície de Io.
Juno, que está no Sistema Júpiter desde 2016 e orbita Júpiter a cada 38 dias, realizou este sobrevoo a 3 de fevereiro na sequência de um sobrevoo semelhante no dia 30 de dezembro de 2023.
Ambos os sobrevoos são os mais próximos que qualquer nave já fez em mais de 20 anos.