Pelo menos 84 grávidas foram transferidas para outro hospital em junho, devido aos encerramentos nos serviços de urgência de obstetrícia/ginecologia e blocos de partos causados falta de médicos para assegurarem as escalas.
Segundo dados oficiais, aos quais o Público teve acesso, essas transferências representam apenas 1,7% do total de partos nos hospitais públicos em junho. Mas para o presidente da comissão nomeada para acompanhar a chamada crise das maternidades, Diogo Ayres de Campos, é demasiado elevado.
“Este número está acima do habitual e muito elevado para um país europeu. Não haverá mais de 1% de transferências nos países europeus. A regra é o parto ser feito na instituição que as mulheres escolhem, apesar de haver situações em que não é possível evitar a transferência”, informou.
E continuou: “as situações de transferência, quer ocorram ou não em trabalho de parto, deviam ser excecionais”.
Já de acordo com o diretor do serviço de Ginecologia do Centro Hospitalar de Lisboa Norte (Santa Maria), Alexandre Valentim Lourenço, os dados consultados não incluem grávidas encaminhadas pelo CODU (Centro de Orientação de Doentes Urgentes) para outros hospitais. “Serão muitos casos e estas mulheres não chegaram a ser internadas”, não entrando, assim, nestes registos, sublinhou.
“O desejável era que ninguém fosse transferido. Mas sempre se transferiu por razões de segurança e há uma rede de referenciação que funciona. Agora, a situação é de maior aflição”, comentou ao mesmo jornal o presidente da Sociedade Portuguesa de Obstetrícia e Medicina Materno-Fetal, Nuno Clode.
Lisboa e Vale do Tejo registaram 54 transferências de grávidas, enquanto no Norte, foram 12 e no Centro 13. Os dados não incluem transferências no Hospital de Braga, com a assessoria a explicar que nesta unidade não há transferências porque o serviço encerra e não são admitidas as grávidas que se deslocam a essa unidade hospitalar.
CERTO DIA…
A minha tia estava grávida de 41 semanas e 2 dias, a bebé tinha um peso estimado de 4,900 quilos, e uma estatura de cerca de 56 centímetros. Foi a um hospital, com contrações fortes. Não tinha ainda muita dilatação, mandaram-na LOGO para casa, com as contrações a persistir, mais intensamente. Nesse mesmo dia, à noite, a bebé nasceu em casa, com 4,930 kg e 56 centímetros, depois de algum sofrimento.
E??
A minha tia foi para casa, porque não havia obstetras àquela hora…
É uma grande tristeza…! 🙁
A minha priminha teve um grave pico de hipoglicemia logo depois de nascer… mas já está bem!