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Quem são os “Jovens por Portugal” que fazem campanha contra a AD? E quem lhes paga?

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A três dias do arranque da campanha eleitoral, começaram a ser partilhados nas redes sociais vídeos de propaganda contra a Aliança Democrática (AD). Os autores auto-denominam-se “Jovens por Portugal” e não se sabe quem são – nem quem lhes paga.

Estes “Jovens por Portugal” surgiram num canal criado no YouTube a três dias do arranque da campanha eleitoral, sob a capa do anonimato.

Não se sabe quem são os autores do canal, nem o que os move. Mas parecem ter um objectivo claro: fazer campanha contra a AD, criticando os anos de governação do PSD que encabeça esta aliança de direita.

Agora, já não é possível entrar na página dos “Jovens por Portugal” no Youtube porque ficou indisponível, conforme se lê na mensagem que aparece quando se tenta aceder.

É possível encontrar em redes sociais como o X, o antigo Twitter, um vídeo crítico do PSD, intitulado “Tesoura de corte, de novo?”. Mas já não está disponível para o público no YouTube – apenas pode ser acedido em privado.

Contudo, ainda é possível ver esse vídeo em algumas publicações no X. A par de imagens de uma pessoa a cortar fotografias, vai-se dizendo:

Quando o PSD governava, era só cortes. Cortaram reformas e pensões. Cortaram o subsídio de férias e de Natal. Cortaram investimento no SNS. Cortaram na educação pública. Privatizaram sem cuidado a energia. Deixaram um rasto de cortes de direitos. E quando foi chamada a Troika, eles quiseram ir além. Vais deixá-los usar a tesoura outra vez?

Vídeo viola as regras eleitorais

Este vídeo viola as as regras eleitorais estabelecidas pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), como trata de evidenciar Miguel Poiares Maduro, ex-ministro do Governo do PSD.

“Isto exige a intervenção imediata da CNE, pois viola as regras em vigor (que proíbem propaganda paga nas redes sociais)”, aponta o político e também professor universitário numa publicação no X.

“Em Portugal, é proibido fazer propaganda nas redes sociais em período eleitoral (com excepção do anúncio de um comício ou evento, mas sem mensagem)”, sublinha ainda Poiares Maduro.

Este tipo de vídeos “constituem também uma provável violação do “Code of Practice” [Código de Princípios] subscrito pelo Youtube“, acrescenta Poiares Maduro que pede “uma investigação jornalística sobre quem está a pagar isto”.

Na página da CNE, fica claro, na secção “Perguntas Frequentes: Publicidade Comercial“, que a campanha eleitoral só pode ser feita em “anúncios publicitários, como tal identificados, referentes à realização de um determinado evento (tipo de actividade de campanha, local, data e hora e participantes ou convidados) e desde que se limitem a utilizar a denominação, símbolo e sigla da força política anunciante”.

Entretanto, há rumores nas redes sociais de que antes deste vídeo contra o PSD, tinha aparecido outro a falar de corrupção e do PS que seria, alegadamente, “patrocinado” pelos “Bolsonaristas por Ventura”. Mas não conseguimos confirmar se este dado é verídico, uma vez que não encontramos esse vídeo.

ZAP //

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12 Comments

  1. Está mais que visto que é o PS (estão à rasca) que lhes paga. O PSD teve que cortar por culpa de José Sócrates que levou o país à bancarrota e foi o PS que fez o acordo de cortes com a Troika.

  2. Isto não é mais nem menos do que aconteceu aqui na ZAP desde que iniciaram os preparativos eleitorais.
    Eu leio a ZAP há anos e faço os meus comentários em várias questões onde entendo opinar. Tal como muitos outros nomes sempre respeitosos que há anos vejo por aqui. Mas desde a pré campanha que há comentários de um texto e conteúdos totalmente anti centro direita, e de uma violência linguística característica que não podem vir de outra origem que não de algum grupo semelhante ordenado ou coordenado pelos partidos respectivos.
    Pena é esses comentários não poderem ser filtrados, não por serem de esquerda, porque isso não tem mal nenhum, mas por serem tentativas orquestradas de manipulação ou repressão de opinião.

  3. Olá, Sr. António
    Concordo plenamente consigo.
    Mas sou mais pessimista. Na minha opinião, tudo isto está a acontecer, porque estamos a criar gerações de “números” há vários dezenas de anos!
    Nas escolas não se passa por saber, passa-se para não se justificar em relatório o porquê de reprovar. Se reprova é porque o professor não foi competente o suficiente para ensinar o aluno. É isto que o sistema faz!!!
    Os governantes europeus têm tido esta prática para criar gerações suscetíveis de serem manipuladas, sem sentido de crítica e de pensamento próprio.
    O problema é que nunca perceberam que essas gerações podem ser influenciadas com muita facilidade por radicais e com isso correm o risco de perder co “controlo”.
    Quem pensou que guerras e ditaduras “nunca mais”, enganem-se, pois parece-me que cada vez mais estamos perto de ambas…

  4. Sob assistência da troika, o Governo de Passos Coelho celebra a venda de 21,35% da EDP à China Three Gorges (CTG), formalizando a entrada da empresa estatal chinesa na elétrica portuguesa. Ainda hoje, 10 anos volvidos, vão surgindo acusações de que Portugal entregou a Pequim o controlo de um ativo estratégico nacional.

    https://expresso.pt/economia/2022-05-08-Dez-anos-da-Three-Gorges-na-EDP-um-negocio-da-China-para-quem–0967cd8f

  5. Mas eu tenho ouvido que a dívida de Portugal nunca esteve tão baixa, nos últimos 10 anos, como atualmente.
    Já não percebo nada!

  6. Manuel Joaquim Afonso,
    Percebe, e percebe muito bem.
    Portugal avançou em resultados e apoios sociais, que ninguém sério pode ignorar.
    Nos dois últimos anos, o governo necessitou eamquilibrar a situação decorrente da pandemia, seguida de imediato pela guerra, e as coisas não correram tão bem, mas não tão mal como os amantes do passado as pintam.
    Estávamos em fase de recuperação, que bmbai tardaria, se a legislatura não tivesse sido interrompida.
    Agora, de uma coisa pode ter a certeza. Se tivéssemos tudo um governo de direita a enfrentar o que António Costa enfrentou, sem nunca recusar apoios e aumentos de pensões e salários de alguns setores, pode crer que estaríamos bem pior. MUITO PIOR, porque com eles, momentos maus oara nós são permanentes, ao contrário do que acontece com eles vê suas famílias políticas, a quem não falham.

  7. Manuel Joaquim Afonso,
    Percebe, e percebe muito bem.
    Portugal avançou em resultados e apoios sociais, que ninguém sério pode ignorar.
    Nos dois últimos anos o governo necessitou de equilibrar a situação decorrente da pandemia, seguida de imediato pela guerra, e as coisas não correram tão bem, mas não tão mal como os amantes do passado as pintam.
    Estávamos em recuperação, que aconteceria se a legislatura não tivesse sido interrompida.
    Agora, de uma coisa pode ter a certeza. Se tivéssemos tido um governo de direita a enfrentar o que António Costa enfrentou, sem nunca recusar apoios sociais, aumentos de pensões e correções salariais, pode crer que estaríamos bem pior. MUITO PIOR, porque com a direita,, os maus momentos para nós são permanentes, ao contrário do que acontece com as suas famílias políticas, a quem não falham, independentemente das disponibilidades . Se não há que chegue para eles, roubam aos trabalhadores e pensionistas, como fizeran no passado., com Passos Coelho e Paulo Portas.

  8. A cabeça da notícia é:
    ” jovens em campanha contra AD, quem lhes paga? ”
    Meus senhores e senhoras,
    Não são os jovens os mercenários desta “guerra”.
    Os jovens são voluntariosos, muito conscientes e reivindicativos, provavelmente diferentes dos que vos coube em sorte conhecer ou ter por perto.
    Estes que estranham e acusam, andariam de calções aquando do governo da PAF, e de certeza “de um para o outro” nos tempos da ditadura.
    Não é condição ou impedimento para que disso tenham consciência, e é por isso que recusam para si e para os vindouros filhos e netos, as tristes memórias dos seus pais e avós.
    É por isso que, pelos meios que têm ao seu alcance e a que estão habituados, alertam para esses perigos.
    Incomodados? Temos pena.
    Quem não quer ser lobo, não lhe veste a pele.

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