Uma rapariga aparentando 20 anos foi encontrada inconsciente e despida da cintura para baixo nas imediações do Queimódromo do Porto, estando a ser verificada num hospital a possibilidade de ter sido violada, disse fonte policial.
A jovem foi encontrada naquelas circunstâncias cerca das 7h, segundo o Comando Metropolitano da PSP do Porto. Segundo o Público, o alerta foi dado por dois cidadãos.
Fonte da PJ indicou entretanto ao diário que não há indícios de crime. Apesar de as suspeitas iniciais apontarem para uma alegada agressão, as declarações prestadas pela jovem e as perícias entretanto levadas a cabo no Hospital Pedro Hispano não apontam para qualquer crime, evidenciando antes um caso muito elevado de intoxicação alcoólica.
A polícia supôs desde o início que a jovem estivesse fortemente alcoolizada. De acordo com o matutino, a jovem foi transportada para a unidade hospitalar por mostrar sinais de uma provável agressão. Uma equipa da Polícia Judiciária deslocou-se também para o hospital.
Fonte do INEM adiantou ao Observador que encontrou a jovem “atrás de uns arbustos, junto às rulotes de comida”, “sem roupa da cintura para baixo”, e com “escoriações no corpo”, apresentando “alguns sinais de agressão”.
Não se sabe ainda se a jovem será estudante ou se estaria a participar na Queima das Fitas, que desde sábado decorre no Queimódromo.
Em declarações ao Público, o presidente da Federação Académica do Porto (FAP) disse, que a confirmar-se a violação, é lamentável. “Não temos informações além das que estão na comunicação social, e que apontam para um local fora do recinto. Lamentamos, caso tenha acontecido uma agressão, independentemente de envolver a Queima das Fitas”, disse João Pedro Videira
“Não podemos ser tolerantes com este tipo de comportamento e temos feito um trabalho com as forças de segurança e a câmara municipal e outras entidades, no sentido de proporcionar uma Queima mais segura, mais confortável, para que as pessoas se possam divertir com toda a dignidade que merecem”, acrescentou.
“A FAP é completamente contra este tipo de ações. Tomamos todas as posições possíveis para garantir a dignidade, conforto e segurança de todos. Apelamos sempre ao respeito da integridade física, mental e moral de qualquer um que se encontre a usufruir do que lhe é proporcionado na Queima das Fitas do Porto”, disse ainda a federação académica em declarações ao SAPO 24.
Exemplo disso, acrescentou, foi a criação, este ano, do Ponto Lilás, “uma iniciativa que prevê ações de prevenção de comportamentos de risco e ações de sensibilização para uma maior responsabilidade social”. Ação “pioneira”, diz a mesma fonte, “precisamente pela posição da FAP contra qualquer tipo de assédio ou violência sexual”.
ZAP // Lusa