Jovem detido por suspeitas de misteriosos ataques com seringas em França

Um homem de 20 anos foi preso no sul de França, acusado pelo Ministério Público gaulês de misteriosos ataques com agulhas em bares, discotecas e festivais de música.

Mais de uma centena de investigações já foram abertas em França por “administração de substância nociva” em diversas localidades, como Nantes, Grenoble, Paris, Lyon, Béziers, Rennes e Toulouse. As vítimas são jovens, homens e mulheres, que relatam sintomas como náuseas, vertigens, perda de equilíbrio, dores musculares e suores.

As teorias sobre os motivos deste tipo de agressão estão em aberto, segundo os investigadores. Não se sabe se será uma forma de violência gratuita ou até mesmo uma espécie de desafio macabro “lançado nas redes sociais”.

Segundo a AFP, o homem foi detido dois dias depois de cerca de 20 pessoas terem relatado ataques com agulhas durante um espetáculo em Toulon.

Nesse espetáculo televisionado, uma mulher foi hospitalizada, gerando o pânico entre o público. O jovem detido pelas autoridades foi identificado por duas mulheres. O francês de 20 anos nega ser responsável pelos ataques.

Este tipo de ataques, cujas razões ainda não desconhecidas, têm-se repetido desde maio. No último fim de semana, registaram-se incidentes em dois festivais de música distintos.

Num festival em Belfort, no leste da França, seis adolescentes, de 17 e 18 anos, relataram ter sido atacados nas mãos/braços. No festival Vic-Fezensac, no sudoeste de França, outras sete pessoas indicaram ter sofrido ferimentos semelhantes.

As autoridades francesas ainda não têm confirmação da substância administrada, já que os exames realizados têm dado resultados negativos. Também não se sabe qual o tipo de agulha ou seringa que tem sido utilizado nas agressões, como por exemplo, uma injeção usada para aplicar insulina. Não houve nenhuma agressão sexual e em apenas um caso houve furto.

Estas agressões preocupam os donos de discotecas, que passaram quase dois anos fechadas devido à pandemia de covid-19, recebendo ajudas financeiras do governo, e os organizadores de festivais, que tiveram de adiar os seus eventos.

Devido ao número crescente de queixas registadas por conta das misteriosas picadas, estabelecimentos estão a reforçar o controlo dos clientes na entrada, com revistas mais detalhadas, além da instalação de câmaras.

Daniel Costa, ZAP //

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