Um jornalista grego especializado em assuntos criminais foi esta sexta-feira morto por desconhecidos em frente da sua casa em Alimos, nos subúrbios de Atenas, anunciou fonte policial.
Giorgos Karaïvaz, jornalista da televisão privada grega Star, foi morto a tiro, disse à agência France-Presse fonte do gabinete de imprensa da polícia de Atenas.
A notícia chocou o meio jornalístico grego e vários órgãos de comunicação social interromperam os seus programas. O jornalista, que teria mais de 50 anos, trabalhou em vários media gregos.
Segundo a rádio privada Skai, o jornalista foi atingido por “várias balas quando chegava a casa após uma emissão televisiva”. A mesma fonte acrescenta que foram encontradas 17 cápsulas de balas em frente à sua casa.
“Foi morto numa emboscada mortal“, refere ainda.
Segundo as primeiras informações dos media gregos, duas pessoas numa moto dispararam pelo menos seis balas contra o jornalista, que morreu instantaneamente, após ter sido atingido nas costas, no peito e na cabeça. De acordo com os testemunhos, o passageiro foi quem desceu do veículo e matou a tiro Karaivaz.
A polícia acredita que provavelmente se tratou de uma execução levada a cabo por assassinos a soldo e praticamente afastou o móbil da intimidação ou do ataque a Karaivaz para lançar uma mensagem.
Apesar de ainda não estar concluída a autópsia, os media obtiveram a informação de que a arma usada, uma pistola de 9 milímetros, não tinha sido utilizada antes noutros crimes.
A polícia assegura que a vítima nunca tinha manifestado estar sujeita a ameaças, nem apresentado um pedido de custódia policial.
Giorgos Karaïvaz era casado e tinha um filho, segundo a comunicação social.
O primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, pediu, este sábado, ao titular da Proteção Civil, Mijalis Jrisojoidis, que se acelere a investigação sobre o assassínio.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, e o presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, condenaram a morte do jornalista e pediram à Justiça que investigue urgentemente este crime.
Embora os media privados gregos sejam frequentemente alvo de ataques incendiários ou vandalismo, são raros os assassínios de jornalistas no país.
Em 2010, o jornalista de investigação grego Socratis Giolias foi morto em frente ao seu domicílio num subúrbio de Atenas, num ataque reivindicado por um grupo de extrema-esquerda. Até hoje, a polícia não encontrou os culpados.
ZAP // Lusa