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“Homem odioso”. Jornalista E. Jean Carroll acusa Donald Trump de violação

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Jim Lo Scalzo / EPA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump

Uma jornalista norte-americana acusa o Presidente dos Estados Unidos de abuso sexual, há 23 anos, no provador de roupa de uma loja em Nova Iorque.

Num artigo publicado pela New York Magazine, E. Jean Carroll revela que, há 23 anos, foi vítima de abuso sexual pelo Presidente dos Estados Unidos. A jornalista e colunista da revista Elle conta que Donald Trump tentou consumar uma relação sexual entre ambos num provador da loja Bergdof Goodman, em Manhattan.

O caso remonta a 1995 ou 1996, quando Trump, que naquela altura era ainda apenas um magnata do imobiliário, reconheceu Carroll como “a rapariga dos conselhos” (numa referência ao programa televisivo “Ask E. Jean”).

Trump terá então dito à jornalista que estava na loja para comprar um presente para “uma rapariga” e que precisava de ajuda, tendo pedido à colunista que experimentasse uma peça de lingerie.

No artigo escrito na primeira pessoa, a colunista recorda que, quando chegaram aos provadores, Trump alegadamente empurrou-a contra a parede, fazendo-a bater com a cabeça, e tentou beijá-la à força. Depois, “forçou os dedos na minhas partes privadas e penetrou-me com metade do pénis – ou completamente, não tenho a certeza”, recorda.

Carroll decidiu não apresentar queixa na polícia e só contou o caso a dois amigos: um aconselhou a jornalista a contar o sucedido às autoridades, o outro disse que seria melhor esquecer o que se tinha passado, uma vez que os advogados de Trump a iriam “enterrar”.

Entretanto, de acordo com o New York Post, a Casa Branca já desmentiu o alegado abuso. “Esta é uma história completamente falsa e irrealista, que aparece 25 anos depois de alegadamente ter ocorrido. Foi simplesmente inventada para dar uma má imagem do Presidente”, lê-se num comunicado.

Carroll é já a 16.ª mulher a acusar o Presidente norte-americano de abusos sexuais.

No mesmo artigo, Carroll menciona outros episódios de abuso sexual. “Donald Trump abusou de mim, mas não é o único na minha lista de homens odiosos. Fiz uma lista de homens odiosos na minha vida, e isso inclui o presidente”, diz a jornalista.

Um deles é o antigo CEO da cadeia norte-americana de televisão CBS, Les Moonves, já acusado de crimes de assédio e abuso sexual por outras mulheres.

ZAP //

7 Comments

    • Não só: tem uma lista, e todos de um certo nível de poder!
      Deve ser mesmo “especial”, se é assim perseguida por todos os homens potentes dos USA.

      Que, faço notar, defendo que homens que assim se comportam envergonham a espécie humana e DEVEM pagar a conta, independenetemente de quem sejam.
      Só acho “estranhos” estes casos “ao retardador”….

  1. Pois claro… que os media dão atenção a qualquer coisa tão remotamente improvável e sem a mínima evidência que o sustente, desde que em sintonia com a sua realidade fabricada. E claro pois… que quem não gosta do senhor tão facilmente fica receptível a notícias deste teor.

  2. Os democratas usam de todos os golpes baixos para deitar Trump abaixo, mas quem olhar para a cara desta feiona e ver o estilo de mulheres com que o Trump anda percebe-se logo que o mais certo foi ela ter tentado violar o Trump e ele lhe ter dado tampa e agora ressabiada 23 anos depois tenta a sua vingança.

  3. Pois é. Aliás, esta não é a primeira vez que esta fulana acusa um homem da ter violado. E nenhuma dessas supostas violações foram comprovadas devido à falta de uma única prova. Aliás, como neste caso contra o presidente dos EUA.
    E a descupla dela por não ter apresentado queixa quando a suposta violação ocorreu? Porque “Eu acharia desrespeitoso com as mulheres que estão na fronteira e que estão sendo estupradas o tempo todo, sem nenhuma proteção.”
    Agora alguém explique-me o que é que um acontecimento que aconteceu há 25 anos (aliás, ela nem se recorda em ano é que aconteceu) tem haver com o que se passa em 2019 na fronteira entre os EUA e o México?

    • Oh JAM, “na fronteira” neste caso não tem nada a ver con a fronteira EUA-México. A fulana referia-se a estar “na fornteira” ou na “linha da frente” (provavelmente traduziram mal ‘frontline’) da luta das mulheres (justíssima) contra o assédio de que frequentemente são vítimas.

  4. O que não percebo é que o Trump pediu para ela provar uma peça de lingerie e ele foi para os provadores?? Afinal qual era a função dela na loja? Que esquisito!

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