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Jogos Olímpicos: contra o “genocídio”, boicote americano à vista

Oliver Contreras / EPA

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden

Atletas dos EUA deverão ter autorização para participar nos Jogos Olímpicos de Inverno. Mas a nível diplomático os planos serão outros.

Os Jogos Olímpicos de Tóquio terminaram há três meses mas só faltam outros três meses para o início de nova edição dos Jogos Olímpicos. De Inverno, e novamente numa capital asiática: Pequim. Que pode não contar com presença dos Estados Unidos da América, na abertura.

A agência Reuters informou nesta quarta-feira que a cerimónia de abertura de Pequim 2022, programada para o dia 4 de Fevereiro, poderá não ter representação diplomática do governo dos EUA.

A iniciativa está a partir de activistas e de alguns membros do Congresso em Washington, que estão a pressionar o presidente Joe Biden – e a sua equipa – para boicotar a cerimónia, a nível diplomático.

Cada cerimónia de abertura, além de contar com milhares de atletas, tem sempre governantes de praticamente todos os países; e há sempre muitos líderes políticos nacionais nesse evento.

No entanto, os EUA podem ser uma excepção em 2022, como forma de protesto contra o que consideram ser ataques aos direitos humanos na China, centrado no “genocídio” contra grupos muçulmanos na região de Xinjiang, onde muçulmanos estarão a ser presos, torturados e perseguidos. As autoridades locais já negaram esse cenário.

“Os Estados Unidos devem boicotar os Jogos Olímpicos na totalidade. Estar presente envia uma mensagem ao mundo: a América está disposta a olhar para o lado enquanto uma China comunista comete genocídio“, lamentou Nikki Haley, antiga embaixadora nas Nações Unidas.

Mesmo que não haja presença de políticos em Pequim, os atletas dos EUA estarão em prova, num evento que começa no dia 4 de Fevereiro e acaba no dia 20 do mesmo mês.

Nuno Teixeira, ZAP //

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