China não vai vender bilhetes para os Jogos Olímpicos de Inverno

Roman Pilipey / EPA

Os bilhetes para os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim não serão vendidos ao público em geral, mas distribuídos a grupos “alvo”, anunciaram os organizadores.

Segundo a organização dos Jogos Olímpicos de Inverno, os bilhetes para o evento não serão vendidos ao público em geral. Em vez disso, serão distribuídos entre os primeiros casos de Omicron transmitidos localmente, na última tentativa da China de controlar a propagação da variante altamente infecciosa.

Pequim relatou o seu primeiro caso Omicron transmitido localmente este fim-de-semana, o que aumentou a pressão sobre as autoridades no período que antecede os Jogos, escreve o jornal britânico The Guardian.

O evento desportivo deverá começar a 4 de fevereiro e coincidirá com a semana de celebrações do Ano Novo lunar, tipicamente o maior período de viagens do ano.

Os organizadores disseram anteriormente que os Jogos Olímpicos de Inverno seriam mantidos num “circuito fechado”, o que significa que apenas seria permitido um número limitado de espectadores.

Além disso, estrangeiros não serão autorizados a entrar no país e o pessoal envolvido nos Jogos terá de evitar o contacto com pessoas fora do circuito.

Na segunda-feira, a organização considerou a situação pandémica “grave e complexa” e afirmou ser necessário proteger a segurança do staff e do público nos Jogos Olímpicos.

“A fim de proteger a saúde e a segurança do pessoal e dos espectadores dos Jogos Olímpicos, foi decidido ajustar o plano original para vender bilhetes ao público e [em vez disso] organizar os espectadores para assistir aos Jogos no local”, disseram.

Assim, os residentes que recebem bilhetes devem seguir medidas rigorosas de prevenção da covid-19 tanto antes como durante e após a participação no evento, disse o comité organizador, sem dar mais pormenores ou especificar a forma como os bilhetes serão distribuídos.

As tentativas da China de impor a sua política de contenção “zero-covid” estão agora a ser ameaçadas pela variante Omicron, relata ainda a publicação britânica.

Na segunda-feira, as autoridades instaram os cidadãos a não encomendar mercadorias do estrangeiro, depois de terem afirmado que uma infeção recente pela Omicron detetada em Pequim tinha origem num pacote internacional enviado do Canadá.

A China alegou que numerosas infeções por covid-19 ao longo da pandemia vieram de produtos importados, mas os especialistas dizem que a base científica para tais alegações é fraca.

ZAP //

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