Comentador considera que “só um maluquinho” pode dizer que está a haver um genocídio do povo palestiniano. Carmo Afonso leu outra definição.
A definição de “genocídio” criou uma disputa interna no jornal Público. Sem que João Miguel Tavares estivesse à espera, provavelmente.
Ontem, quinta-feira, o conhecido comentador político abordou o que aconteceu numa reunião do Conselho de Segurança da ONU, quando o embaixador de Israel, Gilad Erdan, colocou ao peito uma estrela amarela – a insígnia com a qual os nazis marcavam os judeus no Holocausto.
“De hoje em diante, cada vez que olharem para mim, vão lembrar-se do que significa permanecer em silêncio perante o mal. Usaremos esta estrela até que acordem e condenem as atrocidades do Hamas”, disse o embaixador israelita, fazendo referência precisamente ao genocídio que decorreu na II Guerra Mundial.
João Miguel Tavares acha que classificar o que está acontecer em Gaza como um genocídio do povo palestiniano é uma “estupidez”.
“Aquilo que está a acontecer em Gaza é um horror. A extensão dos bombardeamentos, o número de baixas civis, os cortes de água e electricidade ou as dificuldades em fazer chegar a ajuda humanitária ao sul de Gaza são comportamentos que merecem condenação veemente, porque existem regras na forma como se realizam guerras justas”, escreveu na sua crónica no Público.
No entanto, dizer que é um genocídio só se justifica se tivermos “um gosto especial por atirar palavras-bomba para o ar“.
E foi ao dicionário para justificar a sua perspectiva. No Priberam, lê-se que genocídio é uma “destruição metódica de um grupo étnico ou religioso pela exterminação dos seus indivíduos”, ou “exterminação de uma comunidade de indivíduos em pouco tempo”.
O comentador (e especialista em História) lembra que isso aconteceu no Holocausto, no Ruanda – mas não com o povo da Palestina. “Só um maluquinho pode acusar Israel de estar a ensaiar o assassinato metódico dos palestinianos“, escreveu, acrescentando que é “patético” falar sobre políticas de genocídio nesta guerra.
“Isto nem inventado”
Logo no dia seguinte, e no mesmo jornal, houve resposta por parte de Carmo Afonso.
O título da sua crónica avisa: ‘João Miguel Tavares – o falso moderado e o genocídio real’.
E a seguir: “Alguns dos que se julgam moderados são mais perigosos do que os extremistas assumidos. Desdramatizar o que é dramático pode ser fatal”.
A comentadora criticou o facto de João Miguel ter baseado a sua opinião na definição que está num dicionário: “Isto nem inventado. Ir ao dicionário para saber o significado de um conceito legal é como ir ao horóscopo para saber da previsão meteorológica. O resultado foi um lamentável engano”.
A cronista – que é advogada – sublinha que o direito internacional, a Convenção para a prevenção e repressão do crime de genocídio e no Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, tem outra definição.
Citando, um genocídio é: “Assassinato de membros do grupo; ou atentado grave à integridade física e mental de membros do grupo; ou submissão deliberada do grupo a condições de existência que acarretarão a sua destruição física, total ou parcial”.
“Israel preenche todos estes pressupostos: já matou milhares de membros do grupo, causa danos sérios corporais e mentais aos restantes membros do grupo e deliberadamente inflige-lhes condições de vida que trarão a destruição física do todo ou de parte desse grupo”, escreve Carmo Afonso.
“Assistimos de facto ao cometimento de genocídio e pretender afastar essa possibilidade, com recurso à definição que consta no dicionário, é qualquer coisa de extraordinário”, lê-se.
Guerra no Médio Oriente
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Esta advogada tem todo o estilo de árabe. Já se esqueceu que se há vítimas elas se devem ao próprio vitimizado. Estão a comer do próprio veneno. Andam para aí alguns miseráveis a defender árabes. Porra que isto está tudo roto. Razão tinha o Afonso Henriques, quando em Ourique destroçou 5 reis mouros. Essa gente é o pior que há no mundo. O Irão é só um exemplo.
Sem querer ser advogado do diabo, dir-lhe-ei .apenas que não “ferre” a sua língua”, é que não há antídotos contra a estupidez.
O Genocídio em Gaza tem que ser estudado, porque é o primeiro genocídio na história em que existe um aumento de população e não uma diminuição.
Dass. A gaja é parva de todo.
Chamar guerra a um bando de terroristas a atacar um Estado é um disparate!
Quanto a genocidio existe uma grande diferença entre o Holocausto e esta coisa terrorista chamada Hamas: os Judeus iam forçados para os campos de concentração e depois para as camaras de gás, os palestinianos tiveram 15 dias para sair dos bombardeamentos que o Hamas obriga Israel a fazer e 70 anos para não terem ido para lá.
A Culpa é TODA dos Palestinianos! Se estão lá estão a acobertar os terroristas.
Crime é as palermices que se houvem na imprensa europeia contra Israel e mais grave ainda a apresentação permanente do ponto de vista dos Terroristas e dos Palestinianos!
Que a guerra chegue ao fim com a total Vitória de Israel!
Carmo Afonso, conhecida pela sua proximidade ao Bloco de Esquerda e a Mariana Mortagua, tem dedicado o seu espaço de opinião no Jornal Público, ao ataque direto a João Miguel Tavares, e a todos os que não defendam cegamente palestinianos por oposição a israelitas, sem distinguir o seu martirizado povo dos terroristas que os controlam e que invadiram Israel e assassinaram inocentes barbaramente a 7 de Outubro. Aliás, Carmo está sempre contra as ideias de JMT, manifestando-se de uma forma deselegante e continuada, como se os leitores do jornal, nos quais me incluo, estivessem com paciência para um duelo quase primário feito pela primeira.
Quando compro o jornal já espreito a última página para saber se é dia de Carmo atacar ou se posso ler outra crónica que acrescente algo ao meu conhecimento.