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João Leão passa despercebido e perde mais poderes nas Finanças

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António Pedro Santos / Lusa

O ministro das Finanças, João Leão.

Com a chegada de João Leão ao Governo, para substituir Mário Centeno, o ministro das Finanças tem vindo a perder poderes dentro do Executivo.

João Leão sucedeu a Mário Centeno na pasta das Finanças há cerca de três meses. Desde a sua nomeação, o ministro perdeu alguns poderes e está em risco de perder ainda mais, escreve o Expresso.

Enquanto João Leão está com o Orçamento do Estado para 2021, o ministro do Planeamento, Nelson de Souza, fica encarregue de gerir a ‘bazuca’ de dinheiro que virá de Bruxelas, juntamente com Pedro Siza Vieira.

Normalmente, nada acontece com fundos europeus sem o aval do ministro das Finanças, não fosse a comparticipação nacional que envolvem. No entanto, dos cerca de 58 mil milhões de euros que Portugal pode aceder, há 15,3 mil milhões a fundo perdido. São precisamente estes fundos que são prioritários para António Costa, reforça o semanário.

O dinheiro do Instrumento de Recuperação e Resiliência e do REACT-EU está quase fora do alcance de João Leão, estando a ser geridos pela pasta do Planeamento.

Para além da perda de poder na gestão dos fundos europeus, João Leão pode sofrer outro golpe. O ministro das Finanças deverá também perder a gestão de uma parte do património público. Isto porque os imóveis que tiverem a habitação como destino serão transferidos para o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), sob tutela do Ministério das Infraestruturas e Habitação.

Estas alterações confirmam uma mudança na dinâmica de poderes políticos do Governo. Agora, com a saída de Mário Centeno, há mais Economia e menos Finanças. Pedro Siza Vieira ascendeu a número dois de António Costa e, com isso, ganhou mais preponderância no Executivo.

A decisão de passar a Administração Pública para uma pasta própria aconteceu na mesma altura em que o primeiro-ministro soube da eventual saída de Centeno.

“Passamos a poder ter uma verdadeira gestão de recursos humanos, liberta da limitada visão financista do Ministério das Finanças”, disse Costa, na altura, em declarações ao Expresso.

ZAP //

1 Comment

  1. O anterior beneficiou ao encontrar a casa arrumada e no caminho do progresso, mas quanto a mim este agora irá também ele enfrentar mais um revés, pois a situação não é assim tão bonita como tentam fazer crer.

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