“Não sou traidor, não acredito em nada”: João Jardim sobre a crise na Madeira

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PSD / Flickr

Alberto João Jardim

Antigo líder do Governo Regional defende que deve haver eleições antecipadas e que o PSD não deve ter receio do voto popular.

Corrupção, prevaricação, abuso de poder, tráfico de influência, atentado contra o Estado de Direito…

A lista de suspeitas do Ministério Público contra Miguel Albuquerque, Pedro Calado, Avelino Farinha e Custódio Correia é longa e originou a detenção dos três últimos.

Mesmo assim, Alberto João Jardim não acredita em nenhuma destas suspeitas que recaem sobre os seus amigos.

“Sou amigo de todos e não traio amizades, apesar das facas que levei nas costas durante a vida inteira, de outras pessoas. Para mim a amizade é sagrada”.

Não acredito em nada do que se passou, a não ser quando houver caso julgado, esgotadas todas as hipóteses de recurso, inclusivamemte para o Tribunal Europeu”, reagiu na RTP.

Alberto João Jardim acha que Portugal é o único país do mundo onde se julga na Justiça “sem provas, apenas por convicção”.

O antigo presidente do Governo Regional da Madeira defendeu a realização de eleições antecipadas na Madeira.

Até por uma questão de coerência: “Tem de haver eleições. Criou-se uma situação política… Se, no caso do António Costa, eu defendi que tinha de haver eleições (e o PS é que foi ao contrário e disse que era melhor pôr lá outra pessoa), eu defendi eleições lá, defendo eleições agora”.

João Jardim reforça essa ideia ao dizer que estamos num “fim de ciclo” na Madeira: “A política é assim”.

Para o antigo governante, o PSD não pode ter medo dessas eventuais eleições antecipadas: “O PSD não pode dar qualquer imagem de ter receio do voto popular”.

Até porque, argumenta, o PSD “continua a ter os melhores quadros” políticos que existem na região e “voltará a ser um partido fortemente popular”.

Questionado sobre uma eventual investigação ao próprio Alberto João Jardim, o ex-presidente respondeu com sorriso: “Podem vir à vontade. Não tenho receio ou problema nenhum. Como vê até me estou a rir”.

E assegurou que nunca recebeu qualquer oferta de empresários madeirenses enquanto liderou o Governo: “Nem tentaram sequer. Iam para o olho da rua nesse dia“.

“Agora, convidar-me para almoçar ou jantar… Isso não é crime. Até porque eu também estava interessado em ouvir a opinião dos empresários”, completou.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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