João Félix: o “louco” e o “calvário”

PIERRE-PHILIPPE MARCOU / AFP

João Félix atinge Unai Vencedor

Avançado do Atlético de Madrid só esteve em campo durante 18 minutos, contra o Atlético Bilbau. Simeone defendeu o português.

João Félix foi o nome mais comentado após o empate entre Atlético de Madrid e Atlético Bilbau, neste sábado.

Não por ter marcado ou assistido (até porque o jogo terminou empatado 0-0), mas sim por ter estado em campo durante 18 minutos: entrou aos 60′, foi expulso aos 78′.

Foi nesse minuto que Unai Vencedor agarrou o português, que se exaltou e tentou livrar-se do braço do adversário. O gesto foi praticamente uma cotovelada e o árbitro Gil Manzano entendeu que era falta de João Félix e mostrou o cartão amarelo. O ex-Benfica disse ao árbitro que ele estava “louco” e, por isso, viu novamente o amarelo e foi expulso.

João Félix nunca tinha visto um cartão vermelho, enquanto futebolista profissional.

Gil Manzano explicou, no relatório de jogo, que João Félix foi expulso porque se dirigiu ao árbitro “com o dedo indicador na têmpora em sinal de desacordo depois de ser advertido”.

O treinador do Atlético de Madrid, Diego Simeone, defendeu o jovem luso: “Não tenho dúvidas de que ele entrou muito bem no jogo e é isso que me interessa”.

“Já me aconteceu o mesmo, enquanto jogador. Estou com o João e não me interessa esse episódio. Provavelmente, se fosse outro jogador a fazer aquele gesto, não seria expulso“, continuou o técnico.

Stefan Savić, colega de equipa do português, disse que o árbitro Gil Manzano não permite que os jogadores falem: “Não se pode falar com ele. Nós dissemos-lhe que ele não pode mostrar um cartão por cada palavra que se diga“.

“O João correu e não teve intenção de tocar no adversário. E, no momento, nós jogadores estamos «quentes», dizemos coisas, mas os árbitros têm que perceber que estamos com uma adrenalina alta”, reforçou o montenegrino.

O jornal Sport, da Catalunha, aproveitou esta expulsão para escrever que “o calvário de João Félix continua” em Madrid.

Já o AS destaca os “nervos” do internacional português, que está a ter um início de temporada complicado, entre lesões, mais concorrência (Griezmann voltou), exibições discretas e agora a expulsão.

Nuno Teixeira, ZAP //

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