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Joacine exige respeito aos jornalistas. Assessor da deputada fala de “cerco”

Mário Cruz / Lusa

A deputada única do Livre, Joacine Katar Moreira, exigiu hoje respeito por parte dos jornalistas. No Twitter, o seu assessor falou de um “cerco” e da “mercantilização da informação”.

“Eu acho que é necessário nós começarmos a respeitarmo-nos uns aos outros. Se vos foi avisado, antecipado, que eu ontem [terça-feira] não iria efetuar, dar entrevista absolutamente nenhuma, o que se espera é que haja respeito“, limitou-se a afirmar.

Joacine Moreira respondia a perguntas dos jornalistas sobre o caso da aparente “escolta” de que foi alvo, na terça-feira no parlamento, por um graduado da Guarda Nacional Republicana até à saída do Palácio de São Bento, quando estava a ser questionada por um repórter da televisão SIC.

Hoje mesmo, a secretaria-geral da Assembleia da República esclareceu que os oficiais da GNR de São Bento só podem acompanhar os deputados quando estiver em causa a sua segurança.

Os elementos da GNR “só podem intervir quando estiver em causa a segurança dos senhores deputados”, disse à agência Lusa o secretário-geral da Assembleia da República, Albino Azevedo Soares, ao abordar o sucedido.

A pedido do presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, o secretário-geral solicitou aos serviços de segurança do parlamento para explicarem o caso da aparente escolta de Joacine Moreira e do seu assessor, Rafael Esteves Martins, nos corredores de São Bento e que a SIC reproduziu nos seus noticiários de terça-feira.

“No momento seguinte, e tendo em conta que houvera um jornalista que entrara na nossa sala de apoio, achei por bem solicitar ao guarda que estava em funções para acompanhar a senhora deputada até ao seu gabinete. Não foi para sair do Parlamento”, justificou Rafael Esteves Martins, citado pelo jornal Público.

Em entrevista à Rádio Observador, esta quarta-feira, o seu assessor queixou-se das constantes solicitações dos jornalistas e disse que um repórter tentou invadir o gabinete de Joacine. “Não é essa a cultura que queremos implementar [a dos seguranças], mas, se não nos deixarem trabalhar, não há outra forma”.

Numa série de tweets divulgados na sua página – que entretanto foi colocada como privada – Rafael Esteves Martins mencionava o “cerco” que era feito a Joacine Katar Moreira e a mercantilização da informação .

ZAP // Lusa

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