Javalis invadem campos de golfe de Vilamoura (e já estão de olho nas esplanadas)

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Valentin Panzirsch / wikimedia

A espécie tem descido da serra e passeia pelos campos em busca de comida, especialmente durante a noite. Os caçadores já foram autorizados a agir para evitar que os javalis se continuem a reproduzir sem controlo.

Os campos de golfe em Vilamoura, que estão a receber até dia 30 de Novembro o torneio Portugal Masters, estão a ser invadidos por javalis, que estão a fazer grandes estragos e a incomodar a população.

Por todo o país, estes animais estão a reproduzir-se a um ritmo bastante acelerado e o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) até já permite o abate de javalis para tentar epor o equilíbrio dos ecossistemas.

A caça ao javali foi autorizada inicialmente até 31 de Maio, mas o prazo foi depois alargado para entre 1 de Julho e 30 de Setembro e autorizou a realização de batidas com cães em culturas agrícolas afetadas pelos javalis.

Uma das regiões afetadas é o Algarve. Os javalis desceram da serra e instalaram-se agora junto ao mar, invadindo também os campos de golpe de Vilamoura. Um dos campos afetados é o campo Victoria, que vai receber o Portugal Masters este mês, o mais importante torneio de golfe em Portugal.

É pouco provável que os golfistas deem de caras com os javalis, já que as provas decorrem durante o dia e os animais preferem passear e caçar minhocas à noite. No entanto, há casos de avistamentos diurnos. “Ainda ontem [na semana passada], de manhãzinha, vi um a andar pelo golfe [Victoria]”, conta Rui Grave, diretor dos campos de golfe dos hotéis D. Pedro, ao Público.

A situação começou durante a pandemia e agravou-se no Verão, com a seca grave que obrigou os javalis a sair da montanha para o litoral em busca de comida e têm atacado as plantações de muitos agricultores. Em Vilamoura, os javalis ainda não entram nas esplanadas, mas já começam a habituar-se às pessoas.

O veterinário António Madeira atribui o crescimento demográfico ao desequilíbrio ecológico. “O abandono do meio rural abriu portas ao javali, um predador de topo, para ficar à vontade e com muita comida à disposição”, explica.

Não são conhecidos casos de ataque a pessoas o caçador Sérgio Guerreiro aconselha cuidados: “Na altura da criação, as porcas podem agredir se sentirem algum risco para os filhos”, alerta.

ZAP //

7 Comments

  1. há anos que os agricultores e caçadores avisam sobre a praga… que os javalis comem culturas, hortas e partem tudo no seu caminho….. até agora, protegidos pelos verdalhos de secretária, que de natureza não percebem nada, mas de receber o cheque percebem.
    agora, os bichos chegam aos campos de golfe de vilamoura, e de repente são praga…. eu não matava nem um, deixava que os senhores do golfe levassem com o mesmo remédio que os agricultores são obrigados a engolir desde há anos….

    • Eu, se mandasse, iria mais longe : obrigaria a verdalhada dos gabinetes a fazerem noitadas completas de esperas, ao relento, desarmados (as), e previamente bem pulverizados(as) com certos odores atractivos. E, em pontos estratégicos, seriam colocadas câmaras de vigilância HD, de modo a obter-se uma boa base de dados de pesquisa científica e uma boa produção cinematográfica, merecedoras de ampla divulgação e publicação.

  2. Boa noite.
    Deixem os animais criaremos, ( até à pouco tempo as associações de caça eram os donos dos pobres animais so os senhores gestores os podiam matar) isto nao so culpa do icnf. Mas espera-se bom tempos para o pessoal do contrabando (ainda nos vao começar a pagar para fazermos o que gostamos)

  3. Eu, que sou ‘meio parvo’, acho que o Sr veterinário, não pode ‘subir além do chinelo’, quero dizer: sabe muto ao ‘cortar, abrir’ o javali, mas sabe pouco sobre o meio onde vive o javali. Se ele desce aos campo de golfe, e até ás praias, será porque está à vontade, cheio de comida, nas áreas que o homem abandonou ?. Não !!!, se o homem não cultivar, ele passa fome e não tem como ‘xingar’ o coitado que cultivou, que muito justamente não fica feliz por ver o seu trabalho destruído.

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