Jarro de 4 mil anos com sapos decapitados encontrado num túmulo em Jerusalém

É uma descoberta rara e surpreendente. Um jarro com 4 mil anos contendo os vestígios de sapos decapitados foi encontrado numa sepultura em Jerusalém por arqueólogos israelitas.

O estranho achado foi descoberto num túmulo que estava selado há milhares de anos e que datará do início da Idade do Bronze Média, ou seja, de há cerca de 4 mil anos, conforme reporta o site Live Science.

Arqueólogos da Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA) descobriram um jarro de barro, no interior da sepultura, com os vestígios de nove sapos sem cabeças, conforme anuncia a entidade num comunicado no seu site.

Acredita-se que os sapos terão sido decapitados antes de serem enterrados com o morto do túmulo, num ritual de oferenda. O gesto de lhes arrancar as cabeças indicia que terão sido preparados para servirem de “comida” ao defunto na vida depois da morte.

“É impossível determinar que papel desempenharam os sapos, mas são claramente parte dos rituais funerários”, aponta uma das directoras da escavação, Shua Kisilevitz, em declarações divulgadas pela IAA.

“As ofertas de comida são um elemento básico dos costumes funerários durante este período, e existe a possibilidade de que os sapos tenham sido realmente colocados no jarro para esse efeito”, acrescenta a arqueóloga.

Kisilevitz também lembra que os sapos eram vistos na altura da Idade do Bronze, na zona do Egipto, como símbolos de regeneração.

A arqueóloga nota, ainda, que outro túmulo da Idade do Bronze encontrado no norte de Israel incluía um recipiente cerâmico com sapos decapitados.