Ian Fleming esteve em Cascais durante a Segunda Guerra Mundial a beber inspiração dos espiões do Casino Estoril para escrever Casino Royale. Na década seguinte, voltou Ao Serviço de Sua Majestade.
Quando Cascais foi a escolha da realeza portuguesa para retiro de verão, no final do século XIX, a vila à beira-mar próxima da capital mudou para sempre.
A “Praia da Corte” cresceu e foi-se tornando, pouco a pouco, no refúgio de luxo que conhecemos hoje, com grandes moradias, hotéis à beira-mar, restaurantes, piscinas e claro, um casino.
E tornou-se acessível aos lisboetas e aos seus visitantes habituais. Se antes, a viagem até à “Riviera portuguesa” demorava 5 horas, numa carruagem puxada por cavalos, a estrada e o comboio reduziram-na para 40 minutos. Atraiu a elite… incluindo o britânico Ian Fleming.
O escritor escreveu, em 1953, Casino Royale, bebendo inspiração do Bar Estoril, “onde espiões partilhavam segredos”, ‘dando à luz’ a Bond, James Bond, lembra o Hotel Palacio Estoril.
E seria mesmo Cascais, mais tarde, a acolher as gravações do sexto filme do espião, Bond On Her Majesty’s Secret Service (1969) ou, em português, 007 – Ao Serviço de Sua Majestade.
Foi a única longa-metragem da saga que viu o ator australiano George Lazenby no papel do icónico espião britânico.