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Já sabemos sobre o que conversam os orangotangos

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James Askew / SOCP / EPA

Um novo estudo da Universidade de Exeter, em Inglaterra, desvendou a linguagem secreta dos orangotangos, descobrindo o que significam 11 sinais vocais e 21 gestos.

Os investigadores passaram dois anos a filmar mais de 600 horas de comportamento de orangotangos nas florestas de Bornéu, na Indonésia.

Os vídeos de 16 desses primatas levaram à catalogação de 1.299 sinais comunicativos, sendo 858 sinais vocais e 441 gestos.

Entre os sons que eles faziam estavam um “chiar de beijo” (um som agudo criado durante a inspiração), um “resmungo” (um som baixo de um ou dois segundos criado durante a inspiração) e um “beijo resmungado” (um chiar de beijo seguido de uma série de resmungos).

Já entre os gestos, os orangotangos acenavam, mostravam o lábio inferior, sacudiam objetos e “mostravam” uma parte do corpo.

Os orangotangos são animais muito comunicativos — os investigadores descobriram que eles respondem a interações em menos de um segundo em 90% das ocasiões. Como primatas pouco estudados, este novo estudo é particularmente importante porque os cientistas analisaram os animais no seu habitat natural e não num jardim zoológico.

Uma das descobertas mais interessantes foi que, enquanto os orangotangos preferem fazer gestos com as mãos em vez dos pés, eles usam mais os pés do que os chimpanzés na hora de comunicar, por exemplo.

Os cientistas também notaram que jovens orangotangos usavam principalmente gestos, enquanto os adultos usavam gestos e toques físicos com a mesma frequência. O toque era mais utilizado quando um animal queria comunicar com outro que não estava a prestar atenção.

Além disso, a comunicação vocal era mais comum quando o outro orangotango estava fora de vista. Um artigo sobre o estudo foi publicado em junho na revista científica International Journal of Primatology.

“Observamos orangotangos a usar sons e gestos para atingir oito objetivos diferentes — coisas que eles queriam que outro orangotango fizesse”, disse uma das autoras do estudo, Helen Morrogh-Bernard, fundadora do Bornean Nature Foundation (BNF).

Os objetivos passavam por adquirir um objeto, subir algo, subir para cima de si, subir para cima de outro orangotango, pedir para se afastar, diminuir a intensidade da brincadeira, continuar com a brincadeira e parar com alguma coisa.

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1 Comment

  1. Enquanto houver orangotangos podem ir fazendo esses estudos, pois certo estêrco indonésio vai fazendo com que desapareçam de vêz.

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