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Itália. Já há acordo entre Partido Democrático e Movimento Cinco Estrelas

forumpa / Flickr

Nicola Zingaretti, líder do Partido Democrático (PD)

Acordo entre Partido Democrático e Movimento Cinco Estrelas abre caminho a governo em Itália. A coligação é apontada como a solução mais provável para a crise política.

Esta quarta-feira, Nicola Zingaretti, líder do Partido Democrático (PD), disse que o partido de centro-esquerda está disponível para uma coligação com o Movimento Cinco Estrelas (M5E).

“Expressámos ao Presidente da República a nossa luz verde para um governo com uma nova maioria política. Comunicamos ao presidente que aceitamos a proposta do M5E no nome para presidente do Conselho [primeiro-ministro]”, disse, citado pelo Corriere della Sera.

Zingaretti esteve a ser ouvido pelo Presidente italiano, naquela que foi a segunda ronda de consultas para resolver a crise política que vigora em Itália, depois de na passada quinta-feira Sergio Mattarella ter dado aos partidos mais quatro dias para negociarem uma nova maioria.

Segundo o Observador, esta possível nova coligação poderá substituir a aliança populista do M5E com a Liga (extrema-direita), de Matteo Salvini, que, a 8 de agosto, desfez a coligação.

O calcanhar de Aquiles nas negociações entre os partidos era o futuro primeiro-ministro: o M5E queria voltar a ter Giuseppe Conte, mas o PD opunha-se, uma vez que, dizia, Conte facilitou alguns dos excessos políticos de Salvini, designadamente em matéria de política de imigração. No entanto, os centro-esquerdistas decidiram recuar e aceitar o nome de Conte.

“Não há um estafeta para perseguir e não há testemunho para receber, mas sim um novo desafio para começar”, acrescentou Zingaretti, insistindo na necessidade de se trabalhar imediatamente num programa de mudança.

Amamos Itália e acreditamos que vale a pena experimentar. Em tempos complicados como os de hoje, fugir das responsabilidades da coragem de tentar é a única coisa que não podemos e não queremos permitir. Queremos acabar com o ambiente de ódio, ressentimento e medo”, atirou.

Ainda segundo o diário, ambos os partidos concordam com a redução do número de parlamentares, de quase 950 para 600, além de um programa económico com atenção aos mais desfavorecidos e uma política ambiental reforçada.

ZAP //

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