O ministro da Educação israelita e líder de um partido de extrema-direita, Rafi Peretz, afirmou na semana passada que a reorientação sexual é possível, acrescentando que “tem um conhecimento profundo sobre a área” e ele próprio já a aplicou, o que gerou um alvoroço na política israelita.
“Primeiro dei-lhe um abraço, disse-lhe coisas muito simpáticas, depois disse: ‘vamos estudar, vamos pensar, vamos contemplar, primeiro tens de te conhecer e só depois podes decidir”, relatou Rafi Peretz, sobre a forma como “curou” um aluno homosexual, noticiou a Visão na terça-feira.
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelita, não tardou a demarcar-se, dizendo que “as declarações do ministro da Educação sobre a comunidade gay não refletem as opiniões do governo que eu lidero”. Garantiu ainda que o sistema de educação do país não discrimina ninguém pela sua sexualidade.
Várias figuras públicas de Israel têm condenado o teor das afirmações de Rafi Peretz e, no domingo, mais de mil civis saíram à rua apelando à demissão do ministro da educação.
Rafi Peretz acabou por se retratar, declarando que ama “todas as pessoas como são. Esse é o meu caminho na profissão de educador e também é essa a minha abordagem na vida, no geral”. As afirmações são um reflexo da sua experiência pessoal e profissional mas, segundo o ministro, não indicam que seja homofóbico.