Paulo Novais / Lusa

O Ministro das Finanças, Fernando Medina.
As mudanças resultam das negociações para os aumentos salariais dos assistentes técnicos na Função Pública. Os cortes nos descontos vão oscilar entre os 9,63 e os 22,04 euros por mês e entram em vigor já no fim de Julho.
O Governo voltou a mexer nas tabelas de IRS para acomodar os aumentos salariais negociados com a Função Pública. No entanto, a mudança vai abranger todos os trabalhadores, já que não há tabelas separadas para o público e para o privado.
As negociações do executivo levaram à aprovação de um aumento com retroativos de 47,55 euros para o salário base dos assistentes técnicos. No entanto, os sindicatos lembraram que os aumentos poderiam ser absorvidos pelos impostos caso não houvesse mudanças nas tabelas.
Po esta razão, o Governo mexeu nas tabelas. Segundo avança o ECO, os trabalhadores que ganhem entre 741 e 760 euros vão descontar menos por mês, com a redução a oscilar entre os 9,63 e os 22,04 euros.
Para quem recebe até 740 euros mensais, nada vai mudar. Já para quem ganha entre 741 e 754 euros, a retenção mensal de IRS vai baixar quase 10 euros. Quem ganha entre 755 e 760 euros, o corte nos descontos supera os 20 euros. Os trabalhadores que recebem mais de 761 euros não vão notar alterações. Os cálculos foram feitos tendo por base trabalhadores dependentes, solteiros e sem filhos.
O Governo apenas mudou a tabela para os trabalhadores dependentes não casados e para os trabalhadores dependentes, casados, e com dois titulares. As diferenças já serão notadas nos salários já pagos no final de Julho.
O executivo vai ainda reunir-se esta quinta-feira em Conselho de Ministros e pode aprovar os aumentos intercalares para a Função Pública. Ontem, os sindicatos já indicaram que o Governo está disponível para aumentar de imediato os salários de entrada dos técnicos superiores e não só dos assistentes operacionais, também com retroativos.
Tanto mexeram que só me foi reembolsado menos de metade do que estava validado e previsto no E-Factura !
Oh, amigo, já ouviste falar em “propaganda”, ou em “caça ao voto”?