IRS Jovem é uma “armadilha” para a novas gerações, diz Rui Rocha

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José Sena Goulão / LUSA

Rui Rocha, líder da IL

O líder da Iniciativa Liberal (IL) Rui Rocha criticou, este sábado, o IRS Jovem, considerando que se trata de uma “armadilha” para as gerações mais novas.

O líder da Iniciativa Liberal (IL) defende que as medidas direcionadas para os jovens “não resolvem os problemas essenciais” .

Rui Cocha considera que, ao acenar com o IRS Jovem, o Governo está a “criar um país armadilha” para as novas gerações.

“As últimas medidas que são de facto direcionadas para os jovens são medidas que não resolvem os problemas essenciais. Acenar com um IRS Jovem é criar um país armadilha para os jovens”, afirmou o liberal.

Na segunda edição do evento Jovens ao Interior, que decorreu no Peso da Régua, no distrito de Vila Real, Rui Rocha destacou que, apesar de o IRS ser mais baixo para os jovens até aos 35 anos, o desemprego nas novas gerações “continua a ser elevado”, os salários “continuam a ser baixos” e as creches “continuam a faltar”.

“Este país não é para jovens”

“Este país não é para jovens”, observou Rui Rocha, questionando que país pode estar satisfeito quando “um em cada quatro jovens vai estar desempregado”.

“A remuneração dos portugueses em geral é insuficiente, mas se olharmos aos jovens é particularmente preocupante”, acrescentou, lamentando ainda a falta de condições para os jovens que querem construir família em Portugal.

“Uma das formas mais fáceis de em Portugal se empobrecer é ter filhos”, destacou.

Aos jovens presentes no encontro, o líder dos liberais afirmou ser intenção do partido “trazer e incentivar” o crescimento do país, garantindo que não irá abdicar de ter “um Portugal a crescer economicamente”.

O líder da IL criticou ainda algumas das decisões do Governo, como por exemplo “o medo de baixar o IRC” ou de baixar o IVA para o setor da construção, considerando que tal “vai correr mal”.

O Governo vai aprovar novas tabelas de retenção na fonte que refletirão a redução de taxas do IRS, após a promulgação do diploma pelo Presidente da República, para entrar vigor em setembro e com retroativos.

Na sequência da promulgação do Decreto da Assembleia da Rública, pelo Presidente da República, que altera a tabela de taxas do IRS, “o Governo irá aprovar novas tabelas de retenção na fonte que refletirão a redução de taxas do IRS”, indicou o Ministério das Finanças em comunicado na sexta-feira.

Na sexta-feira, durante uma visita à Feira de Santiago, em Setúbal, Rui Rocha considerou normal a decisão do Governo de aplicar já este ano as novas tabelas de retenção na fonte para reduzir o IRS, mas defendeu ser pouco o alívio para os portugueses.

// Lusa

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4 Comments

  1. Não sei se melhor ou pior estarão os já não pertencentes à classe jovem em termos de idade (anos) que não tiveram enpregos dignos, e se algum tiveram, acabou muito rápido, sem lhes dar tempo para mostrar o seu valor!
    Que raio de condição a que chegámos! Que triste realidade a do meu País!

  2. É muito bom pensar nos jovens estou de acordo.
    É mau e desmotivante um jovem ganhar 1000€/mês; mas não é muito mais desmotivante pessoas com 50 e mais anos a poucos anos da reforma ganharem 820€ ? Que raio de govertantes temos?
    O grande problema aqui são os baixos salários! Há CCTs que não são revistos desde 2016 por exemplo FNS/Fetese!! Estas pessoas andam à boleia do SMN! portanto sem aumentos desde 2016; não é só a função pública que não teve aumentos; mas tem mordomias!
    Mas com o privado ninguém se importa, para quando uma tabela única para todos e deixar uma vez por todas de haver esta discriminação entre público e privado e haver justiça e igualdade para todos.

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