No terceiro jogo entre iranianos e norte-americanos, os Estados Unidos (EUA) somaram o primeiro triunfo, após um desaire e um empate, asseguraram o segundo lugar no Grupo B e vão defrontar os Países Baixos nos oitavos-de-final deste Mundial 2022.
Num duelo com uma enorme carga política, e não só, venceu o futebol, num espetáculo emocionante. Os norte-americanos foram mais fortes no início, mas a reação dos comandados de Carlos Queiroz apareceu na etapa final e o empate, que dava a classificação, esteve próximo. No final das contas, valeu o remate certeiro de Pulisic.
Não surpreendeu quando Pulisic finalizou mais um cruzamento de Dest e abriu o ‘placard’ à passagem do minuto 38. A precisar de somar os três pontos, os ‘yankees’ assumiram as rédeas da partida e desde cedo dominaram, pautando o ritmo, alicerçados no trabalho todo-o-terreno e complementar dos trio médios – Tyler Adams, Musah e McKennie -, nas constantes incursões de Dest e de Antonee Robinson, nas diagonais de Pulisic e Weah e no trabalho de Sargent a pressionar os centrais iranianos.
O Irão tentava acionar os contragolpes, mas não conseguiu criar nenhuma finalização – nenhum remate, apenas 38% da posse de bola e seis ações com o esférico na área contrária – e no último suspiro nestes primeiros 50 minutos, Timothy Weah ainda dilatou a vantagem, mas estava em posição irregular.
Pulisic era a unidade em destaque com um golo, um remate, três passes progressivos, cinco ações com a bola na área do opositor e um Goalpoint Rating de 7.1.
Olhando para os primeiros cinco minutos parecia que o domínio americano iria continuar, mas o Irão, num grito de volta, arriscou e ganhou novo alento quando Ghoddos, decorria o minuto 52, visou pela primeira vez o alvo defendido por Turner.
Com Taremi mais próximo da baliza, a equipa seleção persa assumiu o domínio, os EUA tentavam explorar o contra-ataque, mas viram o opositor a acercar-se cada vez mais. Por centímetros, Ali Karimi não empatou, resultado que colocava a seleção orientada por Carlos Queiroz nos oitavos-de-final.
Já na fase do tudo ou nada, Pouraliganji quase carimbava vestia o fato de herói nacional e num lance com Carter-Vickers, Taremi caiu na área, mas o árbitro espanhol Mateu Lahoz nada assinalou.
Estava decretado o destino das duas nações neste Mundial 2022, com lágrimas do lado iraniano – que nunca estiveram na fase eliminatória da competição – e sorrisos norte-americanos, que em 11 presenças em Mundiais apuram-se para os “oitavos” pela sexta vez.
Melhor em campo
Christian Pulisic foi a principal estrela, que apareceu quando mais a seleção norte-americana precisava dele. Em apenas 50 minutos – saiu ao intervalo após se ter lesionado no lance do golo – foi um dos dínamos, surgindo em toda a frente atacante.
Decisivo, enquadrou no alvo os dois remates que fez, marcou um golo, tendo ainda concluído cinco ações com a bola na área iraniana, feito duas conduções progressivas e colecionado quatro ações defensivas. O craque do Chelsea foi o melhor em campo com um GoalPoint Rating de 7.1.
Destaques dos EUA
Ream 6.7
Autor de quatro recuperações de bola, fez um corte decisivo e quatro alívios.
Musah 6.4
O médio do Valência está a brilhar neste Mundial e, nesta terça-feira, voltou a demonstrar todo o imenso talento que tem, com dois remates, apenas cinco passes falhados nos 49 que realizou (eficácia de 90%), atingiu as 11 recuperações de posse, três ações defensivas no meio-campo do Irão, quatro desarmes e outros tantos passes/cruzamentos bloqueados.
Destaques do Irão
Alireza Beiranvand 6.6
O antigo guarda-redes do Boavista voltou a assumir a titularidade e foi o melhor dos iranianos, com quatro defesas importantes que travaram o ataque norte-americano. Não teve hipóteses no golo sofrido.
Taremi 6.1
Mais próximo da baliza adversária na segunda parte, tentou de tudo para dar a volta ao mau resultado. O dianteiro do FC Porto foi responsável por um remate, 57 ações com a bola (três na área adversária), recebeu sete passes progressivos, fez duas conduções super progressivas e não se descurou das missões defensivas, com quatro desarmes e dois alívios.
Resumo do jogo
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Mundial 2022
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