Os vistos gold são a principal forma de entrada de investimento russo em Portugal, após a revogação da suspensão da atribuição a cidadãos russos.
O investimento direto estrangeiro (IDE) russo em Portugal aumentou 49% nos últimos três anos, alcançando 450,6 milhões de euros, mesmo após a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, segundo dados do Banco de Portugal. Em 2024, o stock de IDE russo subiu 50 milhões de euros, mas a aplicação desses recursos ainda não foi detalhada pelas autoridades.
Um dos principais focos do IDE russo foi a obtenção das Autorizações de Residência para Atividade de Investimento (ARI), conhecidas como “vistos gold”. Embora o Governo português tenha suspendido a concessão de “vistos gold” a cidadãos russos após o início do conflito, essa suspensão foi revogada pela Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) em agosto de 2024, avança o Público.
Segundo Vera Chalaça, advogada da Valadas Coriel e Associados (VCA), a suspensão foi levantada após decisões judiciais que contrariaram o congelamento dos vistos com base numa recomendação não vinculativa da Comissão Europeia. A advogada afirma que a VCA teve diversos casos entre 2023 e 2024 em que “vistos gold” foram concedidos a cidadãos russos mediante intervenção judicial, ainda antes do fim oficial da suspensão.
“Os cidadãos russos que representámos estavam longe de ser oligarcas ou colaboradores do regime e fizeram investimentos modestos. Nunca aceitámos alguém que estivesse sujeito a sanções”, frisa.
Em 2021, a Rússia foi o quinto país com mais “vistos gold” atribuídos (65 no total), mas os números de 2023 e 2024 não foram divulgados. As sanções da União Europeia visam especificamente indivíduos e entidades ligados ao governo russo, incluindo bancos e empresas de setores estratégicos.
No panorama geral, o IDE total em Portugal atingiu os 200,3 mil milhões de euros em 2024, sendo a Grande Lisboa o principal destino (53% do total). Espanha liderou como maior investidor estrangeiro, seguida pela China e pelo Brasil, que se destacaram fora do contexto europeu. A Roménia também entrou no top-10, impulsionada pela entrada da Digi nas telecomunicações.
No total, o IDE em Portugal cresceu 19% em relação a 2023, atingindo 13,2 mil milhões de euros, com o setor imobiliário a receber 3,5 mil milhões deste montante.
Os advogados do diabo. Ainda dizem que os clientes estão longe de ser oligarcas. Metem nojo estás empresas de advogados, quem tem dinheiro paga para não cumprir a lei.
Mau sinal. Estão a preparar-se para invadirem o nosso país, que cobiçam desde 1921 (estava Lenin no poder!), data da fundação do PCP, braço político do Império Soviético/Russo em Portugal.