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James Brown pode ter sido assassinado

Uma detalhada investigação da CNN sugere que o cantor James Brown pode ter sido assassinado. O canal também levanta suspeitas quanto às circunstâncias da morte da sua terceira mulher, Adrienne, e há quem exija a abertura de uma investigação criminal ou uma autópsia aos restos mortais do cantor.

James Brown, conhecido como o “Padrinho do Soul“, morreu em 2006, vítima de um ataque cardíaco e devido a fluido nos pulmões, segundo a versão oficial apresentada na altura pelos seus representantes. Contudo, nunca foi realizada uma autópsia ao corpo do cantor.

O médico que assinou o certificado de óbito de James Brown, Marvin Crawford, conta à CNN que sempre teve “dúvidas” de que ele tenha morrido de causas naturais. Ele suspeita que o cantor morreu de uma overdose acidental ou provocada por terceiros, notando que uma enfermeira lhe contou que encontrou resíduos de droga num tubo que ajudava James Brown a respirar. “Alguém pode ter-lhe dado uma substância ilícita que levou à sua morte”, frisa.

E não é apenas Crawford quem suspeita das circunstâncias da morte. A CNN refere que há uma dezena de pessoas ligadas ao cantor que pedem a realização de uma investigação ao caso ou de uma autópsia aos seus vestígios mortais. Neste grupo de pessoas, o canal inclui uma filha de James Brown, LaRhonda Pettit, o seu genro, Darren Lumar, ambos entretanto falecidos, a quarta mulher do cantor, Tomi Rae, o seu empresário Frank Copsidas, e o Reverendo e seu amigo Al Sharpton.

A investigação da CNN teve como ponto de partida um contacto telefónico de uma artista de circo de 61 anos, Jacquelyn Hollander, que fez parte do círculo próximo de amigos de James Brown. Ela alega que o cantor a violou, em 1988, no banco de trás de uma carrinha, sob ameaça de uma espingarda.

Naquela altura, Jacquelyn Hollander cantava com James Brown em palco e ajudava-o a angariar fundos para acções de solidariedade.

Depois do alegado episódio de violação, que ela nunca reportou à polícia, Jacquelyn Hollander passou anos a reunir documentos e provas contra James Brown que disponibilizou à CNN.

A extensa investigação do canal passou por “nove Estados” dos EUA, pela leitura de “dezenas de milhares de páginas de polícia e registos de tribunal”, com 140 pessoas entrevistadas. As conclusões apontam para uma rede de conspirações e de mentiras em torno do “Padrinho do Soul”.

A morte da terceira mulher de James Brown, Adrienne, em 1996, devido a uma alegada overdose acidental por medicamentos, após uma cirurgia plástica, também é alvo da investigação da CNN que levanta a hipótese de ela ter sido assassinada por um médico que terá feito com que tudo parecesse um acidente. Este dado tem por base declarações de um informador da polícia e  Tomi Rae que diz que o próprio James Brown acreditava que ela tinha sido assassinada.

A história passa também pelos alegados problemas de James Brown com a droga fenciclidina, também conhecida por PCP ou “pó de anjo”, que provoca alucinações e comportamentos violentos, e pelas acusações de violência doméstica que ele enfrentou, nomeadamente apresentadas por Adrienne.

A CNN também apurou que pode haver um segundo testamento nunca revelado e apresenta uma teoria de que James Brown pode ter sido envenenado. Além disso, fala de uma história sobre um suposto frasco com sangue retirado do cantor na noite da sua morte que pode ter a resposta sobre as verdadeiras causas do seu falecimento.

ZAP //

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