Bax Lindhardt Denmark Out / EPA
O inventor Peter Madsen depois de ter sido resgatado do naufrágio do seu submarino
O inventor dinamarquês que matou e desmembrou a Kim Wall tem traços psicopatas e não demonstrou qualquer compaixão pela família da jornalista.
Na última sessão de julgamento de Peter Madsen, acusado de matar e desmembrar a jornalista sueca Kim Wall, o procurador leu o relatório psiquiátrico do arguido que concluiu que o inventor dinamarquês é um psicopata.
“O que fazemos quando temos um grande problema? Dividimo-lo em algo menor“, disse Peter Madsen aos psiquiatras para justificar a sua opção de cortar a cabeça, braços e pernas de Kim Wall, escreve a Sábado.
embora negue ter matado a jornalista, Peter Madsen admitiu tê-la desmembrado com o objetivo de a conseguir retirar do submarino em que se encontravam, considerando que “um cadáver não merece qualquer respeito especial“. Alem disso, disse não acreditar e seria penoso para a família receber o corpo dividido em cinco partes.
Peter Madsen garante que a jornalista morreu intoxicada com gases provocados por uma avaria no submarino, mas a autópsia não encontrou qualquer vestígio de gases.
No entanto, a acusação refere que o inventor a assassinou para satisfazer fantasias sexuais sádicas, acusando-o de citar mais de 140 vídeos e links de vídeos de assassinatos de mulheres encontrados nos seus computadores e smartphone.
O relatório psiquiátrico recomendou que o inventor seja mantido sob custódia, uma vez que os “seus traços narcisísticos e psicopáticos” o tornam numa pessoa perigosa.
O arguido revelou “uma severa falta de empatia e remorso”, é “extremamente traiçoeiro” e um “mentiroso patológico“, e a única vez que demonstrou emoção foi quando falou sobre a sua mulher, que se recusou a testemunhar a seu favor em tribunal.
O tribunal ouviu 36 testemunhas (incluindo quatro mulheres que Madsen tentou levar para dentro do seu submarino), antigas parceiras sexuais, amigos e colegas. A leitura da sentença está marcada para o dia 25 deste mês.
