As previsões da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH) apontam que, na próxima semana, o número de doentes em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) deverão descer abaixo de 100.
“A primeira fase do desconfinamento, nomeadamente com a reabertura do pré-escolar e 1.º ciclo, correu bem”, disse o presidente da APAH, Alexandre Lourenço, ao jornal Público. O medo era precisamente que o desconfinamento fizesse com que o número de pacientes internados voltasse a aumentar.
No cenários mais otimista, a APAH prevê que na próxima semana hajam 318 pessoas internadas com covid-19 e, no pior cenário, 358. Nas UCI, estimam que os internamentos possam oscilar entre 88 e 95.
“Tornou-se claro que a situação está perfeitamente controlada nos hospitais. Não existe qualquer razão para que não estejam a funcionar em pleno na assistência aos doentes não-covid”, disse Alexandre Lourenço, manifestando-se mais otimista do que há uma semana.
Ainda assim, “é natural que na Páscoa venhamos a ter algum retrocesso”, salienta o presidente da APAH, deixando a ressalva de que espera que o Natal “tenha funcionado como grande alerta”.
As estimativas da APAH sugerem ainda que o número de profissionais que serão necessários para lidar com a doença diminuirá. As previsões apontam para entre 99 e 110 médicos, 659 e 739 enfermeiros, e entre 294 e 320 assistentes operacionais.
Por sua vez, deverão ser necessários entre 243 e 295 pessoas para continuar a realizar inquéritos epidemiológicos ou manter a vigilância necessária. O índice de transmissibilidade (Rt) deverá ter uma evolução na ordem dos 2%, refere ainda a APAH.
As previsões da APAH são feitas com base nos relatórios da Direção-Geral de Saúde.
Com o R(t) a subir, estão todos mansos!? Continuem a folgar, e não se surpreendam.