Grupo de trabalho está, atualmente, a tentar perceber quantos lugares disponíveis para estudantes refugiados ucranianos existem nas instituições portuguesas.
Inspirados na experiência da plataforma para estudantes sírios criada por Jorge Sampaio, universidades e institutos politécnicos portugueses, públicos e privados, estão a preparar um programa de acolhimento de refugiados ucranianos, de forma a que estes possam continuar os seus estudos apesar do contexto de guerra que se vive no seu país.
Nesta fase, as instituições de ensino estão a contabilizar quantos alunos refugiados podem receber, sendo que a primeira reunião do grupo de trabalho criado para o efeito, pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) se realizou na segunda-feira. Dele fazem parte a Comissão Nacional de Acesso ao Ensino Superior, o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) e a Associação Portuguesa de Ensino Superior Privado.
O objetivo, segundo adiantou fonte do gabinete de Manuel Heitor ao jornal Público, é “preparar as bases de uma operação de recepção de estudantes ucranianos pelas instituições de ensino superior em Portugal”.
Devido à face embrionária do processo, ainda não é possível apontar quantos alunos ucranianos e em que condições podem chegar a Portugal. De acordo com a mesma fonte, tudo deverá depender da evolução do conflito e da estratégia que a União Europeia adote para a distribuição de refugiados pelos diferentes Estados-membros.
O grupo de trabalho criado pelo Governo será coordenado pela Agência Erasmus +, que atualmente está a afazer um primeiro levantamento do número de lugares disponíveis em cada instituição de ensino, mas também a desenvolver cursos de língua portuguesa para que esses alunos possam frequentar à chegada. Simultaneamente, outra das preocupações é garantir condições de alojamento dos estudantes, algo que deverá ser articulado com os municípios.
Ainda segundo o Público, a Agência Erasmus+ está a contactar instituições de ensino superior da Ucrânia com as quais as universidades e politécnicos nacionais já têm parcerias para lhes dar a conhecer a disponibilidade do país, assim como associações de cidadãos ucranianos atualmente a residir em Portugal, tendo em vista a divulgação da iniciativa.